CAPÍTULO 33

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Estava mergulhando cada vez mais fundo em tudo aquilo, Khonsu tinha razão de pedir com antecedência que acreditasse nele, pois era muito difícil confiar que tudo que estava me relatando, era a verdadeira história do Egito

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Estava mergulhando cada vez mais fundo em tudo aquilo, Khonsu tinha razão de pedir com antecedência que acreditasse nele, pois era muito difícil confiar que tudo que estava me relatando, era a verdadeira história do Egito. Claro que isso pode ser apenas a verdade que ele mesmo acredita, o que não necessariamente valida tudo aquilo, mas também não seria uma mentira, se de fato confiasse na veracidade de cada uma daquelas palavras.

— O tempo e os relatos que foram propagados, distorceram os verdadeiros acontecimentos. — Entrelaçou os dedos. — Anúbis antes de se tornar uma divindade era um guerreiro, um homem de porte grande e atlético, forjado no calor da batalha e na guerra que era a própria vida. Nascido em uma família humilde, enfrentou grandes adversidades, passando por perdas e até mesmo um inimigo invisível, mas presente, a fome... Um caminho carregado de duras pedras.

À medida que falava, tudo que conseguia fazer, era imaginar aquilo como se fosse uma grande cena de filme. Os detalhes vinham sem esforço preenchendo as palavras de Khonsu com imagens, coloridas, vívidas e reais.

— Anúbis viveu uma infância quase miserável, na adolescência vagou pelo mundo em grandes excursões e confrontos, que por muitas vezes levou sua vida ao limite, ficando muito perto da morte diversas vezes... Foi uma, destas suas aventuras que seu caminho cruzou com os de Bastet. Naquele período, um rei tirano ordenou a aniquilação do regimento de Anúbis. Enquanto os companheiros lutavam até o fim ele se afastou enfrentando o inimigo, com muito esforço os derrotou, vagou quatro dias sem água, ou comida, foi encontrado quase morto pelos homens do rei que o levaram para a prisão.

Ver alguns dos ditos deuses serem tão frágeis como humanos não fazia nem sentido, mas não o interrompi, deixei que falasse sem interrupções, pois queria escutar tudo dessa vez. Khonsu relatou que Anúbis ficou aprisionado vários dias sendo torturado, em busca de informação, porém ficou em silêncio, apesar de receber água e comida, era apenas a quantidade necessária para não morrer. Também não era o único ali preso, havia outras pessoas de outros povos derrotados pelo rei.

Enquanto escutava a narrativa de Khonsu, minha mente trabalhava na descrição daquela versão desconhecida de Anúbis, um homem forte de músculos definidos, pele escura como ébano, cabeça raspada, um porte de um guerreiro capaz de derrubar um inimigo com apenas um soco. Também o enxergava debilitado... machucado e fraco, um contraste estranho de se fazer de uma mesma pessoa e quase ao mesmo tempo.

Conseguia quase que ver cada cena que Khonsu falava, o imaginando caminhar pelas terras sem vida, sem nada para comer ou beber, aquilo por si só já seria um grande castigo, definhar pouco a pouco, mas claro que aquilo não podia ser "simples". Além de ter visto seus companheiros serem massacrados.

— Vários dias depois, um pouco mais forte, pelo menos para conseguir compreender melhor a situação em que se encontrava, durante o dia era torturado, e a noite jogado em uma cela, onde apagava, mas mesmo entre estes momentos, começou a ouvir ecos de vozes dos outros prisioneiros. Falavam da princesa, filha do rei que os mantinham presos, que era contra a forma cruel que seu pai fazia as coisas, que às vezes ela se lançava na escuridão da noite, para trazer suprimentos e remédios para os feridos.

Quanto tempo já havia se passado? Levantei este questionamento, não demoraria para o intervalo acabar, será que se ficássemos ali alguém notaria nossa ausência... Ou melhor dizendo, a minha? Talvez Kim perceberia com toda certeza, mas estava ficando mais intrigada à medida que Khonsu contava mais daquela história. Era tudo muito surreal, não tinha como tudo aquilo ser mentira, teria que ser muito criativo.

Mesmo entre estes meus pensamentos, meus olhos não desgrudavam dele, era como se tivesse sido fisgada. Khonsu seguia:

— Vários dias após ouvir aqueles boatos, a lua estava cheia no céu escuro sem nuvens, a luz prateada iluminava partes daquela cela, o brilho que tocava a pele de Anúbis cintilava, um brilho que misturava mistério, perigo e suor... Aquele que um dia fora um grande guerreiro, agora havia sido reduzido a apenas mais um prisioneiro naquela cela, seus olhos atentos encarava a lua por uma abertura no teto quando uma voz atraiu sua atenção.

Aquilo também aguçou mais ainda meu interesse, com tudo que estava sendo relatado, deduzi que seria a princesa novamente indo até a cela onde estava Anúbis. Pelo menos estava torcendo para ser, mas não o interrompi, apenas aguardei ansiosa.

— Seu rosto apareceu parcialmente pelo manto que escondia sua face, trazia consigo uma bolsa feita de pele de animal, muita bem costurada e limpa, assim que abriu a mesma, muitas coisas haviam li dentro,água fresca, tubos pequenos em barra, eram os remédios que havia conseguido pegar. Fora a voz que o alcançou primeiro, mas quando seus olhos encontraram com os dela, houve uma estranha conexão, um vento repentino soprou naquele exato momento retirando seu capuz da princesa revelando ser Bastet.


Este capitulo tem: 832 palavras

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Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSU (!!CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora