CAPÍTULO 17

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Tudo aquilo era confuso e estranho, começava a me questionar se estava com algum problema, após aquele segundo sonho imaginei que teria uma sucessão de outros a partir daquilo, mas não aconteceu, durante um mês inteiro, nenhum sonho, ou fato estra...

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Tudo aquilo era confuso e estranho, começava a me questionar se estava com algum problema, após aquele segundo sonho imaginei que teria uma sucessão de outros a partir daquilo, mas não aconteceu, durante um mês inteiro, nenhum sonho, ou fato estranho e bizarro ocorreu comigo. Era como se aquilo nunca tivesse acontecido, cheguei a pensar que poderia ser alguma espécie de estresse subconsciente que havia tido, por conta do meu aniversário e a morte do meu irmão...

E aquilo acabou gerando aqueles estranhos sonhos, na escola Kim ficava sempre comigo, havíamos nos tornado bem próximas, era incrível como conseguimos no dar bem, mesmo tendo personalidades bastante diferentes. Ainda notava estranhos olhares e cochichos sobre nossas costas, porém isso não nos importava em nada, pois a muito tempo havia deixado de me preocupar com o que os outros pensam, ou acham de mim.

Kim não demorou para se adequar as regras do colégio, acredito que sabia que não tinha muito o que fazer, sem contar que possuía seu jeito todo único de "quebrar" as regras e mostrar seu lado rebelde. Suas unhas sempre estavam pintadas, as mechas coloridas em seu cabelo, eram formas de burlar o próprio sistema, causando um choque e contraste muito grande com o uniforme careta, conservador e apático daquela instituição de ensino.

Tudo transcorria normalmente, como qualquer outro dia de aula, Kim havia me mandado mensagem avisando que estava me esperando na porta de casa, seguimos para o ponto de ônibus juntas, durante o percurso perguntou:

— Sabina, gostaria de saber se está com tempo livre? — Caminhava tranquilamente mastigando seu chiclete de menta.

— Tenho sim. O que está querendo fazer?

— Nada de mais, apenas queria saber se quer ir lá em casa depois das aulas. — Aquelas palavras me pegaram de surpresa, pois demorei para responder.

Após alguns instantes em silêncio, Kim se virou para mim.

— Sabina, alô! Terra chamando? — Brincou. — Não quer ir conhecer minha casa? — O tom era leve, mas parecia ter alguma dúvida ao fundo.

— Claro que quero! Demorei responder, pois fui pega de surpresa, não pensei que iria me convidar sem que eu desse algum sinal, ou indireta... Notei que evita este tipo de assunto.

— Não é isso... É que minha família é um pouco difícil. — Argumentou.

— E qual família, não é? Mas como dizem, não podemos escolher a família que temos; por isso, desencana disso.

— Vamos ver se vai pensa assim depois...—Disse quase como um sussurro para si mesma.

Depois disso seguimos o dia normalmente, sem falar mais neste assunto. Quando as aulas chegaram ao fim, avisei meus pais que iria à casa de Kimberley por mensagem, minha mãe concordou e meu pai mandou apenas um emoji de "joinha". O tempo aquele dia estava relativamente fresco, estávamos no outono, as folhas das árvores se desprendiam com muita facilidade, enquanto algumas estavam praticamente sem folhas, outras mostravam várias tonalidades de cores, indo do verde-escuro até o marrom.

As mais escuras acabavam se desprendendo dos galhos, e se amontoando nos jardins dos quintais, ou mesmo nas calçadas, assim que descemos do ônibus, não caminhamos muito, como Kim havia me dito, não era muito longe da minha casa. O setor que Kimberly morava era bastante agitado, a maioria que residia naquela área eram pessoas de classe média alta, com grandes casas, sobrados e até prédios de até cinco andares.

Assim que chegamos em sua casa, não houve barulho ou conversa, o ambiente estava silencioso, a porta estava destrancada, meus olhos correram por cada espaço daquele lugar, em busca de informação... Havia uma pequena lareira daquelas que vemos em filmes, as paredes eram revestidas de papel de parede, florado amarelo-creme, havia um segundo andar, a estrutura da casa parecia aquelas mansões Coloniais. Sobre a lareira havia algumas fotografias.

Caminhei cautelosa, sem perceber que estava avaliando as imagens, por impulso peguei um dos porta-retratos em minhas mãos, nele vi uma Kimberly que jamais reconheceria se não fosse pelos olhos e sorriso, sua aparência era completamente diferente do que atualmente conheço. O que não é nada estranho mudarmos com o passar do tempo, o que vestimos, pensamos... Pela foto não daria mais que dez anos.

Ao seu lado, na mesma foto, havia um homem de cabelos claros, um sorriso travesso que parecia demais com o da própria Kim, imaginei que fosse seu pai, ele era magro, pareciam que estava fazendo um piquenique e que aquela foto, havia sido tirada de forma clandestina, registrando um momento especial.

Ao seu lado, na mesma foto, havia um homem de cabelos claros, um sorriso travesso que parecia demais com o da própria Kim, imaginei que fosse seu pai, ele era magro, pareciam que estava fazendo um piquenique e que aquela foto, havia sido tirada de...

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Este capitulo tem: 737 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSU (!!CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora