CAPÍTULO 35

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Me senti mal, por ter que mentir, ao mesmo tempo que fiquei feliz com a preocupação dela, me fez lembrar de Sam, sempre preocupado comigo

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Me senti mal, por ter que mentir, ao mesmo tempo que fiquei feliz com a preocupação dela, me fez lembrar de Sam, sempre preocupado comigo.

― Não é nada de mais... Estou melhor agora. Isso às vezes acontece comigo, apenas não consigo ficar no meio de muita gente quando isso acontece.

― Você tem claustrofobia, ou algo do tipo? ― Perguntou com um tom sério e preocupado em sua voz.

― Não tenho como confirmar isso. ― Disse com total sinceridade.

― Hum... Não sabe por conhecer, ou por nunca ter feito alguma avaliação? Claustrofobia é um termo usado para pessoas que possuem algum tipo de fobia, pode ser considerado uma espécie de doença. As pessoas que apresentam algum sintoma como temor, ou repugnância de modo geral, seja de lugares fechados como elevadores, trens, aviões, são apenas exemplos, assim como aglomerado de pessoas... Os sintomas são muito parecidos com a síndrome do pânico.

Não sei como chegamos naquele assunto, mas estava surpresa de que Kim conhecia tanto a respeito, seus olhos pareciam procurar alguma coisa quando continuou:

― Apesar de serem semelhantes e em algumas situações, os próprios médicos afirmam que não é a mesma coisa, pois a síndrome do pânico são ataques que ocorrem de forma espontâneas inicialmente, e que com o passar do tempo pode vir a se tornar um medo constante se não tratado adequadamente, pois acaba gerando uma espécie de paranoia sempre esperando a próxima crise.

― Muito obrigado por se preocupar, mas pode ficar tranquila... Não tenho nenhum dos dois, o que acontece é que às vezes gosto de ficar em silêncio e sozinha, longe da multidão. ― Sabendo tanto sobre aquilo, me fez questionar porque Kim sabia tanto, e deixei a pergunta escapar sem pensar direito. ― Você já teve alguma destas coisas? ― Meu tom de voz não era acusatório ou de curiosidade, era apenas uma pergunta que me passou pela cabeça mediante aquela conversa, Kim desviou os olhos.

Mentalmente me repreendi por ser assim, com as pessoas que conhecia e tinha intimidade, tinha a tendência de falar as coisas sem pensar no que isso poderia causar, observei em silêncio quando fechou os olhos como se reunisse toda sua coragem.

― Isso não é algo que saímos contando por aí, mas acho que posso dividir isso com você, eu tive síndrome do pânico. Não é muito fácil passar por tantos acontecimentos e continuar inteira... Ver meu pai, que sempre foi meu herói, partir sem dizer um adeus, ou ver minha mãe se perder logo em seguida em suas crises constantes acabou comigo. ― Ouvir aquelas palavras, fez um gosto amargo escorrer pela minha garganta, pior que qualquer remédio ou veneno amargo. ― Era apenas uma criança quando tudo isso aconteceu, mas tento ver o lado positivo de tudo isso, afinal a síndrome do pânico foi um problema pequeno se considerar todo o cenário, não é mesmo? ― Kim tentou sorrir.

― Não acho isso! Sei que não é apenas isso, tudo é muito mais profundo.

― Pode ser que seja, mas não quero falar disso, pelo menos não aqui e nem agora, você ficou muito tempo aqui, o intervalo já acabou, se não nos apressarmos vamos ficar na detenção e não estou nem um pouco a fim de fazer isso. ― Tentou desconversar, notei isso na hora, mas não forcei.

― Tudo bem... Então vamos. ― Chamei seguindo para a porta.

Vi o seu semblante se anuviar enquanto me seguia porta afora, meus olhos por um instante pousaram na mureta onde vi Khonsu fazer suas acrobacias, mas tratei de afastar aqueles pensamentos e seguir para a sala de aula. O caminho até a sala foi silencioso, porém a voz ainda ecoava em minha mente, era Khonsu falando sobre o colar ser um fragmento, não tinha como saber se tudo era verdade, mas poderia procurar por mim mesma e tentar descobrir as peças que estavam faltando daquele quebra-cabeça.

Para começar após as aulas iria ver minha avó e descobrir um pouco mais sobre aquele estranho colar, se o que minha mãe disse for verdade, aquele item vem sendo passado em nossa família a gerações, seria interessante saber onde tudo isso começou. Já dentro da sala sabia que não veria Khonsu, aquela matéria Kim me acompanharia, seria ministrada no laboratório, o professor logo começou com o tema de química, porém confesso que não conseguia prestar atenção em nada.

Tinha ciência que aquele era meu último ano no ensino médio, precisava me esforçar, pois minhas notas haviam caído consideravelmente com tudo que tinha acontecido naquele ano. O futuro era incerto, porém o objetivo era fazer faculdade, teria que me focar completamente se quisesse entrar em uma boa universidade... Não porque meus pais não podiam pagar uma, mas queria conseguir isso pelos meus próprios méritos, sendo filha de dois médicos conhecido e de renome, me fazia sempre está a sombra deles, tendo que atender expectativas que às vezes eram altas demais.

No começo queria ser uma designer de moda, este sempre fora um objetivo que queria alcançar, mas medicina surgiu por ser a profissão dos meus pais, e porque depois da perda do meu irmão, tornei isso como um objetivo mesmo não sendo o que queria, quando as aulas terminaram seguimos para casa.

No começo queria ser uma designer de moda, este sempre fora um objetivo que queria alcançar, mas medicina surgiu por ser a profissão dos meus pais, e porque depois da perda do meu irmão, tornei isso como um objetivo mesmo não sendo o que queria, q...

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Este capitulo tem: 876 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSU (!!CONCLUÍDA!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora