Quais acontecimentos na vida de uma pessoa, pode mudá-la drasticamente? Para Sabina este ponto de virada, ocorreu com a morte prematura de seu irmão mais velho, a perda a fez questionar sua própria existência, com uma visão sombria e melancólica. Af...
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Isso foi no mesmo período que a antiga capitã, estava se formando, e queria que eu assumisse seu lugar, porém não desejava aquela responsabilidade. Quem estava como segunda opção era Amanda, que aceitou de bom grado o posto mesmo sendo uma das integrantes mais novas a entrar para equipe, se destacou muito rápido, com sua liderança a torcida se destacou, não apenas por torcer nos jogos de futebol, mas os concursos
de torcida organizada, onde competiam vários outros colégios. Não era uma tarefa fácil ser capitã, é ainda manter as boas notas, mas Amanda conseguia este feito, o que poucos tinham conhecimento era da grande ambição que possuía.
O que me fez ter uma revelação que para ter que queria era capaz de fazer o que fosse preciso, alguns detalhes me mostraram o quanto era manipuladora, falsa e acima de tudo isso, uma atriz impecável, pena que não consegui perceber isso antes. Apenas após a morte do meu irmão que comecei a enxergar a verdadeira face dela, por algum tempo me perguntei se sempre fora assim, ou acabou mudando com o passar do tempo, o que tinha certeza era que nossa amizade, nunca foi verdadeira...
Ainda no refeitório evitei encará-la, não queria que estragasse mais o meu dia do que fazia naturalmente, mas pude observar ela conversando com Karla, uma garota que tinha tudo para ser uma modelo, era alta e magra. Outra que participava da conversa era Milene, uma garota de cabelos cacheados é volumosos, lábios carnudos é curvas que lhe deu o apelido de "caçadora", sei que o título pode parecer estranho, mas a alcunha foi conquistada por "caçar" garotos que queria, usando tudo que tinha e podia para isso. Por essa razão ficou conhecida por aquele termo, mas tudo para Milene era apenas um desafio, sempre que conseguia o que queria, logo se cansava, descartando o seu affair como um brinquedo quebrado.
Nada daquilo me importava saber mais, nem mesmo aqueles boatos sem fundamentos, afinal não tinha nada a ver com aquilo, e apesar de não acreditar que aquelas alegações fossem verdadeiras, não tinha como saber os reais motivos que o trazia aquele colégio, sem que mesmo contasse... Não tinha como ele ser o garoto do meu sonho, tentava me convencer disso.
Talvez fosse apenas uma mera e grande coincidência, dele ser tão parecido com o garoto que vi em todos os meus sonhos, de repente o tenha visto em algum lugar, ou fosse mesmo um príncipe, não tinha como saber ao certo. Após o intervalo seguimos para a sala de aula, acabei me distraindo novamente, sem prestar atenção no que Kim falava, o próximo período era de educação física. Esta disciplina acabamos fazendo juntas, depois que a aula terminou, seguimos caminhos separados, e todo o tempo que passou não vi o aluno novo, apenas os cochichos que ainda circulavam por todos os lugares daquele grande colégio.
Aquele estranho sentimento estavam me consumindo, e não tinha nada que podia fazer a respeito, as aulas pareciam intermináveis, quando todo aquele suplicio chegou ao seu vim, segui rapidamente pelos corredores. Minha esperança era encontrar o Khonsu enquanto corria por entre os alunos, precisava falar com ele! Ouvir a voz dele para ter certeza que estava me estressando à toa, que tudo não passou de um sonho, e que ele ser parecido era mero acaso e convencer minha mente que não era a mesma pessoa.
Mesmo se encontrasse com Khonsu, não poderia apenas despejar estas teorias sobre ele, me acharia uma louca! Até mesmo eu estou começando a pensar isso, não nos conhecíamos, como poderia simplesmente chegar em sua frente e dizer que sonhei com ele?
Felizmente, ou infelizmente não o encontrei, na saída Kim me esperava, ela parecia distante, como se tivesse perdida em pensamentos, nem sequer notou minha aproximação, todo aquele dia havia sido estranho, tanto que até mesmo deixei de notar o quando minha mais nova amiga estava estranha, na calçada quando já havíamos nos afastado da maioria dos alunos perguntei:
― Sei que estava estranha durante todo dia, mas não fui a única, não é mesmo? ― Ela olhou para mim por alguns segundos, antes de abaixar os olhos para a calçada como se fosse a coisa mais interessante do mundo. ― Você estava muito quieta, vi que estava desenhando na aula de história, sem querer acabei vendo que era um desenho d seu pai... Sei que não tenho nada a ver com isso, mas tem alguma coisa rolando? ― Ela suspirou fechando os olhos como se estivesse cansada.
― Olha, não gosto muito de falar sobre estas coisas... Mas esta data sempre mexe comigo, hoje faz oito anos que não vejo meu pai... ― Aquela revelação me pegou de surpresa.
― Quer dizer que, ele... Está morto? ― A pergunta saiu estrangulada.
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Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.
