Capítulo 12- ''ser o bastante para ele''

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Lucerys.

Algo estava se revirando em mim, me puxando, me deixando sem ar, me causando uma crise de pânico e eu tive que colocar as duas mãos no ouvido, querendo abafar tudo, estava tudo girando, mais eu não ia fraquejar.

Aemond, PORRA AEMOND!

Rosnei e mordi meu lábio com força, enfiando as garras no meu braço e deixando o sangue derramar, sem me importar com a cena insana que eu estava fazendo, sem me importar com nada.

Foda-se se eu não dormia, não comia, foda-se tudo. O dia amanheceu e nada da porra da Alicent, nada absolutamente nada de Otto, NADA!

Eu fiz a coisa mais tola e a única coisa que eu pude, sai do castelo e andei, sem proteção, sem me importar, como um moribundo, querendo achar o meu ômega a todo custo. Foda-se se isso não era o adequado, que eu não podia sair sem avisar a ninguém,  apenas FODA-SE

Minha cabeça zumbia e eu não me importava com mais nada, além de inspirar o ar e tentar achar o cheiro que eu tanto amava.

Por favor Aemond, volta pra mim, só volta...

Eu aceito criston, foda-se, eu aceito, só volta. Deuses fazem ele voltar para mim, eu preciso saber o que ele quer, eu preciso saber que ele está bem e não como Aegon, que estava acamado com machucados de chicote.

Por favor, alguém me ajuda, alguém ME AJUDA!

— Lucerys — uma voz falou de repente e eu me virei rapidamente para a pessoa, arregalando os olhos surpreso, apenas para avançar contra a pessoa que estava escondido no beco. — Calma porra.

Criston, maldito Criston, vou mata-lo!

— Aonde está Aemond?!— perguntei o prensando contra a parede do beco, irritado e pouco me importando com o decoro e com a educação. Criston estava machucado, eu sentia pelo cheiro, apenas não me importava o bastante. — Juro que se você não abrir sua boca, eu te mato.

— Eu não sei! Estou tentando achar o rastro dele! Perto do porto, foi a única vez que o vi... — disse Criston ofegante, parecia com dificuldade em respirar, me distanciei de si e o encarei cima a baixo, ele estava com sangue saindo da camiseta, foi apunhalado. — Aemond pode estar correndo um sério perigo, vá para perto do porto, eles não devem estar longe com ele.

Ele não precisou especificar nada e a minha irá era tão grande com toda a turbulência, eu apenas me transformei em um grande lobo preto, os cidadãos ficaram assustado comigo, saindo do beco de repente, eu estava pouco me fodendo. Corri em direção ao porto e farejei, inspirei e apesar do cheiro podre da cidade, eu encontrei um rastro viável.

Eu ia matar aquela puta!

Rosnando, corri em direção ao rastro, até uma casa abandonada nos limites dos grandes portões. O cheiro estava ali, fraco, junto com o cheiro de sangue, então eu apenas ignorei a parte racional e adentrei aquele local, em forma de lobo.

Não havia nada além de três pessoas, dois alfas e Aemond. O cheiro vinha de um dos quartos e eu não demorei para começar a atacar quando o primeiro alfa apareceu na escada.

Arranquei sua cabeça ao pular em si, puto e rosnando, deixei meu cheiro sobressair pelo ambiente e isso era um aviso ao outro alfa.

Eu o mataria, ele era a minha maldita presa!

Me transformei em humano, mesmo que eu estivesse com as roupas rasgadas, não importava, eu subi as escadas furioso, o ambiente estava pesando em medo. Quando adentrei o quarto, a primeira coisa que eu fiz foi encarar a pessoa na cama, parcialmente nua, tremendo de frio e o sangue, o cheiro de sangue que me fez enxergar vermelho ao ver aquele alfa diante a cama, sem camisa.

O alfa me encarou com medo e parecia falar  desesperado sobre como era da família Lannister ou o que fosse, eu não o escutei, não importava a sua justificativa, ele ia morrer.

Eu avancei contra ele e me irritei ainda mais quando ele ao invés de revidar, tentou fugir inútilmente, o que me fez rosnar ainda mais foi ver o porquê de Aemond estar daquela forma, seu pescoço pingava a sangue.

Porra, eu ia colocar essa cabeça exposta no meu banquete de casamento.

O alfa além de ser um medroso, era um merda e eu bati contra sua nuca em um movimento rápido, o desacordando. Eu queria mesmo mata-lo, queria tanto decapitar esse verme e mostrar a todos quem era o alfa de Aemond.

Entretanto, ele ainda era o dono da marca que Aemond portava e eu estava perdido em o que fazer. Quando peguei Aemond em meus braços, ele estava frio, gelado como a neve que caía no inverno, parecia quase não respirar e isso me fez aperta-lo contra mim, totalmente desolado de vê-lo assim.

Ele fugiu....?
Por que ele aceitou isso.... Ele sabia que não podia....

— Aemond... — sussurrei arrasado ao tê-lo tão perto, porém tão longe, vendo a marca asquerosa em seu pescoço. Não suportei mais e cai em prantos, chorando ao abriga-lo em meus braços. — Aemond, você me despreza tanto ao ponto de se colocar em risco de morte? Aemond, fala comigo, me diz que não fez isso por querer, me fala que vai casar comigo.

Fala que vai viver comigo e vamos viver a história de amor que deveríamos viver desde sempre. Por favor, não me deixe, não me abandone, não vá, não morra....

Me desculpa por favor, eu irei melhorar, seria o melhor em tudo, te trarei orgulho, lhe darei tudo do mais incrível deste mundo. Apenas me deixe te segurar em meus braços e sentir seu coração pulsante e vivo, dia após dia.

Aemond por favor.... Acorda.

Criston provavelmente avisou alguém que eu teria achado uma pista, porque quando eu saí da casa, carregando um Aemond desacordado em meus braços, que vestia minha camisa e meu casaco, os guardas e Daemon tinha chegado.

Daemon não falou nada sobre a minhas responsabilidades, por que era claro que eu chorava e o motivo disso era a sentença de morte que Aemond carregava em seu pescoço. Eu caminhei o mais rápido que pude, sem me importar em estar no frio e sem camisa, sem me importar com os olhares e murmúrios dos cidadãos, sem me importar com nada, apenas tendo Aemond em meus braços e tentando ao máximo não fraquejar ao mantê-lo aquecido e digno.

Ele ia ter o melhor meistre, ele ia melhorar, ele ia sobreviver, ele era tão forte.... Aemond, por favor, viva, mesmo que não seja comigo, mesmo que a marca não seja minha, por favor, apenas viva.

Eu nem me importava se seu corpo, por algum milagre, aceitasse a droga da marca, se isso apenas o fizesse viver.

Apenas quando eu adentrei o castelo e o levei para os meus aposentos, que eu pude me deixar fraquejar, enquanto ele estava sendo verificado por um meistre de confiança.

— Você precisa ser cuidado também.... A transformação é muito forte e também... — minha mãe dizia, a voz embargada de choro enquanto encarava o corpo adormecido de Aemond na cama. — Eu não deveria ter deixado ele sozinho, eu....

Minha mãe tentou segurar o choro, porém desabou ali mesmo e eu apenas a consolei, em absoluto silêncio, os rastros de lágrimas estavam evidentes em meu rosto e eu estava com o corpo dolorido, minha cabeça estava doendo e tudo parecia exaustivo.

Parecia que eu estava morrendo com Aemond, mesmo sem ter sua marca.

Que bom, eu gostaria disso.
De ir junto a ele, talvez em outro universo, eu pudesse melhorar e ser o bastante para ele.

Em outro universo, eu o teria em meus braços e seria o homem mais feliz do mundo.



Heey pessoas!

Nossa que saudades de esquecer por um computador.

Enfim, Lucerys nada bipolar.

"Eu aceito Criston", depois " Vou mata-lo" KKKKKKKKKK

Achei o cap meio ble, mais é o que pude fazer. 

Meu Ômega Lúpus - LucemondOnde histórias criam vida. Descubra agora