23. Trascendentale

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Aviso de conteúdo sexual explícito. A cena está assinalada com asteriscos. Quem não se sente confortável em ler este tipo de conteúdo fique à vontade para pular, não vai mudar em nada sua percepção da história não ler. Na verdade, esse capítulo é basicamente pornô, então quem não curte, recomendo ler até os asteriscos. Quem decidir ler, também fazer com responsabilidade e ciente de que não é meu objetivo ofender ninguém.

Palma, Mallorca, Espanha - Agosto de 2022.

Já era noite na Espanha quando Carlos estacionou seu carro na frente da casa de sua família em Palma. Tinha sido uma viagem um pouco longa, Charles não sabia dizer de quantas horas, porém ainda era dia quando Carlos e ele saíram de Madrid. A casa era um tanto quanto afastada da cidade, o que era ótimo, eles poderiam ter mais privacidade dessa forma. Charles olhava levemente boquiaberto para a construção toda feita de madeira, era grande e parecia ser bem luxuosa. Charles sabia que a família Sainz era importante na Espanha, Carlos Sainz pai tinha uma relação direta com a realeza espanhola e grande influência no país como um todo. Um arrepio passou-se pelo corpo do monegasco ao perceber que via-se perto daquele luxo todo. Ele virou a cabeça na direção de Carlos, que fitava-o com todo aquele carinho no olhar. Charles retribuiu seu sorriso, sentindo suas bochechas ruborizar.

─ Chegamos, mi amor. ─ ele disse, pondo a mão em seu rosto, fazendo-lhe carinho com o polegar. ─ Eu não pedi nem para os empregados virem por enquanto, para nos dar a maior privacidade possível! ─ Charles deu um sorriso sem jeito. Carlos franziu a sobrancelha, se perguntando o que ele estaria pensando. ─ Está tudo bem, carinõ?

─ Está, chéri, eu só... ─ Charles voltou a olhar em direção à casa, surpreso. ─ Só não esperava que fosse algo tão grande assim. Vamos ficar só nós dois nesse casarão enorme?

─ Sim! Pelo menos foi o que eu planejei... Posso chamar alguém pra cozinhar pra gente, se quiser! ─ Carlos afirmou. Ele realmente acreditou que Charles também não fosse querer mais ninguém ali com eles. Queria que a experiência lhe fosse o mais incrível possível.

Leclerc negou com a cabeça, pondo sua mão sobre a de Carlos, que ainda estava em sua face. Ele a pegou e a beijou, antes de se aproximar mais dele para beijá-lo nos lábios. Carlos fechou os olhos e suspirou, sentindo o coração acelerar no peito. Foi apenas um selar, quase inocente, e Charles logo se afastou, encarando-o apaixonadamente com aquele sorriso que arrancava o ar dos pulmões de Sainz.

─ Não se preocupe, mon amour. Do jeito que você quiser fazer, estará perfeito pra mim! ─ ele afirmou ainda com o mesmo sorriso encantador. Carlos pôde ficar mais tranquilo. ─ Podemos entrar agora? ─ questionou, bocejando logo em seguida. ─ Eu estou morrendo de sono! ─ eles não faziam ideia de que horas eram. Charles pegou seu celular, e notou que já se passavam de dez da noite.

Os dois desceram do carro e foram pegar suas malas no porta malas, e seguiram de mãos dadas para dentro da casa. Pelo menos ali, naquele ambiente, eles podiam fazer isso. Podiam andar de mãos dadas, podiam se beijar onde fosse, podiam até transar ali mesmo ao ar livre que ninguém os veria. Era tão bom isso, tão gratificante essa liberdade. Entraram na casa, Carlos foi acendendo as luzes dos cômodos que passavam enquanto falavam sobre banalidades, dando risada de qualquer comentário idiota.

Ao mesmo tempo, Charles admirava o quanto aquela casa era grande e bonita, digna de uma das famílias mais importantes daquele país. Podia dizer com tranquilidade que, se Carlos não tivesse talento para ser piloto, ele poderia ser qualquer outra coisa em sua vida. Dinheiro nunca seria um problema para ele. Hoje em dia também não era para Charles, tinha se tornado um rapaz muito rico sendo tanto da academia quanto atualmente pilotando pela Ferrari. Porém, quando começou, lá com quatro anos de idade, as coisas não eram tão tranquilas assim.

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