19. L'anima nei tuoi occhi.

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Avisos:

→ Trigged Warning de crise de ansiedade. A cena estará descrita em negrito para facilitar pra quem quiser pular. Quem decidir ler, leia com calma e responsabilidade, respeitando os próprios limites.

→ Aviso de conteúdo sexual explícito. A cena está assinalada com asteriscos. Quem não se sente confortável em ler este tipo de conteúdo fique à vontade para pular, não vai mudar em nada sua percepção da história se não ler. Quem decidir ler, também fazer com responsabilidade e ciente de que não é meu objetivo ofender nenhuma das personalidades aqui utilizadas.

Charles não soube exatamente por quanto tempo ficou parado olhando para as expressões de tacho de Carlos e Lando. Carlos não tirava os olhos de si, enquanto Lando revezava, às vezes olhando para Sainz, às vezes para Leclerc. E nenhum dos três falava uma palavra sequer. Charles só conseguia se perguntar o que estava acontecendo, por que do nada uma noite que tinha se tornado um pouco mais tranquila ─ graças a Max. Ele odiava admitir, mas era verdade. ─ virou de ponta cabeça novamente.

Então era isso, Carlos tinha realmente saído, e com Lando. Justo com o desgraçado do Lando Norris. Queria socar a cara dos dois. Mas invés disso, retornou para seu eixo e respirou fundo, fechando os olhos dois segundos antes de abrir e dar um sorriso que ele soube que foi cínico.

─ Boa noite, Carlos. Boa noite, Lando! ─ a voz de Charles pareceu trazer Carlos de volta para o planeta Terra. Ele também se pegou pensando em muita bobagem, afinal, Charles estava com as costas apoiadas na porta do quarto de Max. Justamente dele. Carlos também estava com muita vontade de socar alguém. ─ Aparentemente vocês se divertiram muito, hein?

─ Olá, Charles! ─ Lando falou, retribuindo o sorriso cínico. Depois, encarou Carlos, segurando o bíceps de um de seus braços e fazendo um carinho. ─ Sim, estávamos numa festa comemorando a vitória do cábron! Ele merece, você não acha? ─ completou o britânico, falando aquilo com o propósito de atingir Charles. E conseguiu, já que o monegasco se viu enchendo o pulmão de ar e mordendo o interior da bochecha. Cabeçudo abusado. Carlos fitou Lando com os olhos castanhos arregalados, ainda sem conseguir dizer uma palavra. ─ E você, o que está fazendo neste andar? ─ ele deu uma olhada para o número estampado na porta onde Charles tinha as costas apoiadas. ─ Estava com Max?

─ Sim, eu estava. ─ Charles respondeu prontamente, sem o menor medo do que eles iriam pensar. Lando pôde sentir o músculo de Carlos por baixo de seus dedos ficar rígido neste momento, ele visivelmente não tinha gostado disso. ─ Vim atrás do Carlos para falar com ele, mas já que ele não estava, fiquei jogando com o Max! Ele é muito legal, sabe? ─ Leclerc falou olhando para as próprias unhas, e então, fitou os olhos castanhos de Carlos. Ele estava com um olhar de quem queria devorar alguém vivo. Não lhe agradava aquela situação, mas talvez ele tenha feito de propósito. Queria cutucar Carlos da mesma forma que se sentiu cutucado vendo Lando e ele juntinhos.

E cansado disso tudo, Charles apenas decidiu ir para seu quarto. Se teve vontade de se entender com Carlos naquela noite, essa acabou de morrer. Ainda queria poder conversar com ele, principalmente agora que os dois estavam cheios de caraminholas na cabeça, era bom que conseguissem alinhar seus pensamentos com um diálogo saudável. Mas não hoje, não agora. Não quando tinham acabado de se machucar mais uma vez. Desencostou-se da porta de Max e caminhou até os dois, dando novamente o sorriso cínico para eles. Jurava por tudo que se pudesse mandava os dois se foderem, mandava Carlos comer com força a bundinha de Lando, se era isso que ele queria. E que de preferência eles fizessem isso no inferno. Mas ao invés disso, somente piscou para os dois, dizendo:

─ Espero que vocês tenham uma boa noite! ─ Charles saiu andando, em direção ao elevador e sem olhar para trás. Assim que entrou na caixa de metal, ele apertou ambas as mãos, sentindo as unhas curtas cravarem nas palmas, e seus olhos voltaram a encher de lágrimas. E lá se iria mais uma noite sem dormir. Não aguentava mais.

Desideri NascostiOnde histórias criam vida. Descubra agora