[CONCLUÍDO]
"Ela virá do nada.
Amenizada pela luz da esperança.
Com o poder do Dragão em suas mãos.
Mas o mesmo poder que a torna forte, a torna perigosa.
Ela deve ser cuidada, protegida, tutelada.
Ela é a chave para o futuro do mundo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
ˢᵗᵉˡˡᵃ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ
Eu estava surtando, minhas mãos suavam e, se não estivesse mais preocupada com o corpo desmaiado de meu amigo na minha frente, eu provavelmente já teria desmaiado.
A lateral do braço de Theo estava sangrando para caralho, um sangue meio amarronzado quase preto escorria do ferimento aberto. Blaise estava perto do garoto, avaliando o machucado e tentando entender o que causou o ferimento grave. Pansy estava aflita, seus olhos estavam transbordando lágrimas e Astoria estava ao lado dela, oferecendo conforto em meio ao seu abraço... Mesmo ela estando tão preocupada e aflita como a de cabelos escuros. Já eu... Eu estava tentando me acalmar, tentando manter a calma para manter a ordem.
Me aproximando de onde está o corpo deitado de Theo e Blaise que o estavam examinando, controlo minha respiração a cada passo que dou para perto deles. Blaise me olha por cima do ombro e solta um suspiro.
— Eu... preciso de mais alguns minutos — o mais alto falava com medo na voz, como se não acreditasse no próprio potencial.
Coloco minha mão em seu ombro, o confortando e dando a coragem de que ele precisa nesse momento.
— Se acalma, você consegue... — lhe lanço um sorriso que não chega aos olhos no final da frase, ele balança a cabeça em concordância e volta a examinar o machucado.
Olho para Theo e não vejo seu peito se mexer, e automaticamente prendo minha respiração... Se ele não estava respirando...
Minha mente começa a pensar em dezenas de possibilidades diferentes, tudo girando em torno de sua morte.
Naquele segundo em que vi Theo desmaiar no banco e ver em seu braço um sangue de coloração estranha, meu muito foi a ruínas, eu me vi entrando em desespero...
Theo, meu irmão... Eu... Eu não podia perder mais ninguém, que havia feito uma promessa a mim mesma e eu iria cumprir.
A essa altura já devia estar acostumada com a morte, com a perda. Havíamos matado certezas de pessoas a menos de uma hora... Mas mesmo assim, eu não me sentia bem em falar sobre a possibilidade dele já estar morto.
E então me coloco agachada ao lado do corpo do garoto que considero um irmão, e com o máximo de cuidado possível e com minhas mãos tremendo, coloco dois dedos em seu pescoço, para assim sentir seus batimentos cardíacos.
Passo alguns segundos sem respirar conforme tentava sentir algo, qualquer coisa que me desse a certeza de que Theodore não está morto... Mas...
E então finalmente, eu finalmente sinto, bem fraco, mas ainda ali, um sinal de seu coração batendo. Ele estava fraco, bem fraco, e não sei se aguentaria muito mais tempo... O importante é o agora. Coloco minha cabeça no peito dele e, ao fundo, escuto seu coração batendo com uma calma absurda... O suspiro que me escapa dos lábios é instantaneamente.
