CAPÍTULO 07

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AÇUCENA CARVALHO

O desespero se instalou. Eu não podia fazer nada. Alguém tinha o meu número. Esse alguém poderia ser qualquer um nesse mundo, eu deitei no sofá e enterrei o rosto entre as mãos.

ALGUM TEMPO DEPOIS...

— O que aconteceu? Eu... peguei no sono?!

Olhei o relógio na parede. Eram 19:45h.

— Muito bem, Açucena! Chegar atrasada, é assim que se deixa uma boa impressão! Eu tenho que me vestir correndo.

(...)






Me olhei no espelho de novo e saí de casa

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Me olhei no espelho de novo e saí de casa. Uns minutos depois, eu estava em frente de uma casa enorme, observando ela, sem saber o que fazer. Era realmente uma boa ideia jantar com homens estranhos dos quais eu não sabia nada? Se o meu passado me ensinou alguma coisa, é que eu devia tomar cuidado com pessoas de quem eu sei pouco ou nada.

Eu estava prestes a bater na porta quando ela abriu de repente. Uma grande figura saiu da casa. A única coisa que eu pude focar na semi-escuridão eram dois olhos verdes esmeralda.

— Magnus Torres!

Ele grunhiu alguma coisa e sorriu pra mim. Eu percebi que disse o nome dele em voz alta. Limpei a garganta e endireitei um vinco na minha roupa e ofereci a minha mão a ele, àquele homem maravilhoso na minha frente.

— Boa noite, Sr. Torres. Eu sou Açucena Carvalho.

Algo nos olhos dele brilhou com tanta intensidade que fiquei congelada no lugar.

Magnus: Eu sei quem é você. Eu lembro de você muito bem, linda.

Adonis. Apollo. Um Deus entre os homens. Lindo, alto, saído de um sonho. Mas algo estava preocupando ele, eu podia notar. Ele não falou muito, e quando falou, o tom dele era desdenhoso, como se quisesse afugentar todos para longe.

Magnus: Eles estão te esperando lá dentro.

— Ok, obrigada. Calma aí! Eu devo só... entrar? Assim, do nada?

Magnus resmungou algo para si e então se virou para mim.

Magnus: Meus irmãos estão na sala de estar. O primeiro cômodo à direita.

Tendo dito isso, ele se virou, e desapareceu na escuridão.

— ( Ele disse... irmãos? )

A pressão da recém descoberta conexão entre aquelas criaturas divinas pesou sobre os meus ombros. Não sabia o que fazer com aquela informação. Eu me virei para ir embora quando senti a mão de alguém nas minhas costas.

Dominic: Aonde você vai tão cedo, linda?

— Lugar nenhum, acabei de chegar.

Dominic: Bom, nós estávamos te esperando.

Ele se aproximou de mim e casualmente deu um beijo gentil na minha testa. Senti a tensão do meu corpo ir embora, que tipo de poder esses homens tinham sobre mim?!

Dominic: Vamos entrar. A comida está esfriando.

Dominic entrelaçou seus dedos com os meus e me levou para dentro. Com cada passo que eu dava, me sentia mais relaxada. Como se fosse o meu lugar.

Damon: Dominic, que beleza você está trazendo com você!

Dominic: A melhor da cidade! Uma verdadeira maravilha!

Dei uma boa olhada nos gêmeos. As semelhanças eram impressionantes, mas eu também conseguia ver as diferenças. Com dois homens bonitos ao meu lado, o enorme cômodo em que nós estávamos parecia pequeno. O nível de testosterona passava dos 900, eu não conseguia evitar encarar.

Dominic: Você gosta do que vê, querida?

— Eu não pretendia encarar vocês.

Eu estava espremendo a barra da minha roupa o mais forte que eu conseguia.

— Sinto muito. Foi rude da minha parte ficar encarando.

Damon: Não se preocupe, Açucena. Nós estamos acostumados com a atenção por sermos gêmeos.

Dominic: Ei, nem tudo é ruim em ter um irmão gêmeo idêntico.

Damon: Sim, por exemplo, quando éramos mais novos, podíamos trocar de lugar na escola e ninguém notava. Mas isso não é algo de que nós devíamos nos gabar na frente de uma professora.

Dominic: Vou pegar algo para bebermos. Vinho ou cerveja, Açucena?

— Vinho seria bom.

Dominic pega uma garrafa de vinho da prateleira e tira a rolha. Nós brindamos com as taças e tomamos um gole da bebida.

— Então, Damon, você estava falando algo sobre um trabalho...?

Damon: Ah, sim. Nós precisamos que você venha dar aulas particulares para o Benjamim.

— Ok, eu faço isso. Só uma pergunta rápida. Por que vocês acham que o Ben precisa de uma tutora? Até onde eu notei, o Benjamim não tem problema na escola.

Damon: Nós achamos que algumas aulas particulares a mais podem fazer bem pra ele.

Dominic: Não queremos que ele vá mal na aula como um dos pais dele.

Os pais dele. Pais. A palavra ecoava na minha mente. Nós passamos a noite conversando sobre aquilo. Eu aprendi tudo sobre fazendas, criação de cavalos, feno. Teve apenas uma coisa que nós não discutimos e a minha curiosidade selvagem não aguentava isso. Eles não mencionaram a mãe do Ben, nenhuma vez. Eu decidi tomar o assunto nas minhas próprias mãos.

— Então... e a mãe do Ben?

Damon e Dominic compartilharam um olhar que só eles entenderam. O Damon limpou a garganta e falou baixo, olhando para Dominic o tempo todo.

Damon: Ela não está mais com a gente. A Cassandra... faleceu.

Dominic: Nós perdemos ela oito anos atrás, quando o Ben tinha dois anos.

Damon: Ela morreu durante o terceiro trimestre da gravidez...

Dominic: Junto com os bebês... nós estávamos esperando gêmeos.

— Nós... com você, Damon e Cassandra?

Damon: Não, nós, com nossa família, os Torres. Magnus, Dominic e eu.

Dominic: A Cassandra era a nossa esposa.

Eu me senti horrível por trazer à tona um assunto tão doloroso. Estava prestes a me desculpar quando percebi algo.

— ( Espere, o quê? Ele disse " a nossa esposa" ? )
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NAQUELA NOITE.

Damon: Talvez nós tenhamos passado do limite... definitivamente assustamos ela.

Dominic: Ela teria descoberto mais cedo ou mais tarde.

Damon: Sim, mas talvez tenha sido cedo demais...

Dominic: Dê um pouco de tempo pra ela... ela vai se acostumar com a ideia... ela é perfeita pra gente... eu sei que é...

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Que babado foi esse minha gente?

Até o próximo capítulo.

LAÇADA PELO COWBOY+18Onde histórias criam vida. Descubra agora