CAPÍTULO 26

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AÇUCENA CARVALHO

— Chega, Diretora Hoffmann! É uma coisa quando você implica comigo e me insulta, mas quando insulta o homem com quem eu vim pra cá, que obviamente não está interessado em você de qualquer forma, é outra história! Agora, por favor, se recomponha e aja de acordo com a sua idade.

O rosto dele ficou vermelho e ela olhou para o chão.

Magnus: Agora é isso que eu chamo de lutar pelo que você quer. Obrigado.

Ele me puxou para mais perto e me deu um beijo no rosto. Naquele momento, o anfitrião da competição foi até nós e nos disse que a competição estava prestes a começar.

Vera: É melhor ficar esperta, Açucena. Vacilou, perdeu!

— Não se preocupe. Só quem está prestes a perder algo é quem pensa que já ganhou a competição, e não sou eu. Então guarde as palavras para o seu discurso de derrota.

Ela gargalhou como uma bruxa e foi até o carro. Eu me virei para Magnus com um olhar questionador.

— Então, Magnus, ponto pra acabar com ela?

Magnus sorriu e puxou a minha mão até sua boca para dar um beijo nela.

Magnus: O mais pronto que eu  posso estar, Sra.Carvalho. Vamos colocar umas bruxas velhas no forno. Qual é a sua mão mais forte?

— Esquerda.

Magnus: Bom, a minha é a direita.

— Por que isso é bom? O que você tem em mente?

Três, dois, um. É hora do show!

O anfitrião deu um tiro para o alto, marcando o início da competição. Magnus e eu estávamos de pé, um do lado do outro, cada um com uma mão no carro. Ele usou sua mão livre para me pegar e entrelaçar seus dedos com os meus, me dando apoio dessa forma. Eu apertei a mão dele mais forte e mostrei pra ele o quanto o seu apoio significava pra mim.

Magnus: Nós vamos vencer isso, Sra.Carvalho.

— Com certeza.

Eu estava tão imersa no nosso joguinho, que não notei quando o anfitrião deu um segundo tiro para cima, marcando o fim da primeira hora.

Magnus: Bem, nós passamos da primeira hora. Como você está aguentando, Sra.Carvalho?

— Eu consigo fazer isso.

Magnus: Essa é a minha garota!

Eu olhei para Vera e dei de cara com um sorriso bêbado convencido.

Vera: Não tem chance de você ganhar essa briga, Açucena.

Eu dei o meu melhor sorriso e olhei para ela de novo.

— Diretora Hoffmann, precisa de dois pra uma briga, e só um pra ganhar. E, no momento, eu certamente sinto que estou ganhando.

(...)

MAIS DUAS HORAS ATÉ O ÚLTIMO SINAL...

A maioria dos competidores já tinha desistido. Vera, Magnus, eu e um garoto magricela éramos os únicos sobrando. Eu não conseguia sentir a minha mão, estava completamente gelada, e vi Magnus começando a suar, apertando a sua mão livre.

Magnus: Não consigo... Sra.Carvalho... a minha mão... não estou sentindo ela...

— Tudo bem, Magnus. Eu entendo. Só... por favor, fique perto de mim. A sua presença vai me ajudar a ganhar isso.

Magnus: Fico sim, e obrigado.

Ele respirou fundo e deixou sua mão cair ao seu lado. Vera riu e mostrou a língua para nós.

Vera: Ha-ha! Perdedores!

— Ei! A minha mão ainda está no carro!

Vera: É? Bem... não por muito tempo!

O garoto magricela quase desistiu imediatamente depois de Magnus.

— Parece que somos só você e eu, Diretora Hoffmann. Que a melhor mulher ganhe!

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Até o próximo capítulo.

LAÇADA PELO COWBOY+18Onde histórias criam vida. Descubra agora