Janta

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Chuya

Eu sentia a tensão em meus ombros enquanto ajudava minha mãe, junto a Sora e Ume, a montar a mesa para seis pessoas, no centro Doceria Mori. A ocasião era especial, e até fechamos mais cedo para tal, mas eu sabia que não seria nada fácil. Kankuro e Gaara virem jantar conosco após a cena do dia anterior me deixava apreensiva. O fim de tarde estava esplêndido, com luzes alaranjadas por todos os lados e um tempo mais ameno do que os dias que haviam se passado. Meu coração estava batendo forte, em meio a tanta incerteza do que aconteceria dali em diante. Em relação a tudo. Suspirei enquanto organizávamos os pratos, talheres e copos, e minha mãe e Ume não perceberam. Estavam empolgadas demais para isso. Ambas já estavam de banho tomado, e bem arrumadas. Minha mãe usava um vestido simples, mas elegante, de corte reto, da cor preta. Em seu rosto, uma maquiagem leve e toque aveludado, a deixando mais nova. Os cabelos escuros e cortados acima do ombro estavam bem finalizados, emoldurando o seu rosto, e em suas orelhas, haviam pequenas pedrarias que eu nunca havia visto. Ume, por sua vez, estava mais provocante, mas não deixava de estar belíssima. Usava um vestido verde de manga única, alguns palmos acima de seu joelho, mostrando as pernas longas. Nos pés, sapatos da cor do vestido. Os cabelos escuros estavam presos em um rabo de cavalo, e ao redor do rosto, duas grandes partes de sua franja, emoldurando o rosto bem pintado, com delineador gráfico e batom nude.

— Vamos nos arrumar.— Sora disse as outras duas, me empurrando escada acima, contra minha vontade. Já no cômodo onde eu morava, me arrastei até a cama, me apressando para me sentar, bufando novamente. Minha amiga se aproximou de mim,. — Chuya, você está bem?

— Sim, estou bem, Sora. — Respondi, forçando um sorriso.

— Está nervosa com o jantar de hoje à noite?

— Um pouco. — Admiti, cansada de fingir. — Preciso mesmo ir?

— Você é o motivo pelo qual o Kazekage vem. Tem que estar linda, e o receber.— Disse, e eu a olhei com uma leve indecisão. — Vocês brigaram?

— Todos acham que ele vai estar aqui por a Ume. — Falei, me saindo completamente da pergunta.— Afinal, ela é mais adequada para ele.

— Dane-se o que os outros acham.— Disse, determinada.— E o que você acha?

— Que eu deveria ficar aqui e deixar vocês se divertirem.— Falei, temerosa.

— Então dane-se o que você acha também. — Sora cantarolou, indo até o banheiro e levando a bolsa que havia trazido consigo com as coisas para se arrumar. — Eu vou primeiro, e enquanto você toma banho para tirar essa negatividade, eu me arrumo. Depois, quando você sair do banheiro, eu mesma vou te arrumar.

— E sabe como fazer isso?

— Eu precisava aprender algo de útil naquele bar.

Fizemos como o combinado. Sora tomou um banho rápido, e então, foi a minha vez. Enrolei o máximo que eu conseguia, entretanto, quando saí, minha amiga não disse nada. Ela estava bela, com um vestido dourado com alças finas e batom vermelho, que destacava junto aos cabelos castanhos. A franjinha estava perfeitamente cortada e alinhada. Enquanto eu ainda vestia o roupão, ela me sentou na cama, pegando meias das minhas gavetas e as balançando na frente de meu rosto.

— O que é isso, Sora? — Perguntei, ao vê-la amarrar as meias de maneira esquisita nos meus cabelos.

— Questione os meus métodos, mas nunca meus resultados. — Ela disse, parecendo se divertir.

Enquanto as meias estavam amarradas em meus fios dourados, minha amiga pintava meus olhos de um leve azul, dizendo que destacaria os meus olhos e o meu cabelo. Ao pintar os meus lábios de uma cor próxima ao tom dos lábios, dizia que eles ganhavam um charme sútil. Sua presença tranquila me acalmava, e agradeci mentalmente por ter alguém ao meu lado que conseguia me animar mesmo em situações tão tensas.

Areia e Açúcar  • gaaraOnde histórias criam vida. Descubra agora