Capítulo 2 - Palavras que não acreditamos

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Passaram-se algumas semanas e o grupo de amizade estava cada vez mais unido. Ísis, Mário, Fernando e Bóris se divertiam juntos no intervalo do colégio. Ísis e Mário estavam no primeiro ano do Ensino Médio. Fernando e Bóris no segundo ano.

Era uma sexta-feira gostosa no Rio de Janeiro, de clima agradável. E Fernando teve a genial ideia de irem andar de bicicleta pela Lagoa Rodrigo de Freitas e depois fazerem um piquenique. Todos toparam imediatamente.

— Mãe, mãe, mãeeee. - Ísis grita pela mãe, enquanto entra em casa deixando sua mochila no sofá. — Posso ir com os meninos andar de bicicleta na Lagoa?

— Tô aqui na cozinha, filha. Não entendi o que você falou. Vem cá. - disse Fátima, enquanto cortava alguns legumes.

— Mãe, posso ir hoje andar de bicicleta com os meninos na Lagoa? - perguntou Ísis, com aquela carinha única que fazia sempre que pedia algo a sua mãe. — Por favorzinho?

— Por mim, pode ir sim minha filha. Mas tem que falar com seu pai também. Ele está no escritório. Liga pra ele. - disse Fátima e continuou cortando os legumes.

Ísis correu imediatamente para o telefone.

Sua família era uma das poucas privilegiadas que tinham um telefone. Graças ao emprego de seu pai que era muito bom.

Ísis discou o número com pressa. Estava animada. Queria muito andar de bicicleta com os meninos. Em especial, com Bóris. Seria a primeira saída deles, depois que se conheceram, pois só se viam na escola.

— Escritório de advocacia, bom dia! - disse uma mulher do outro lado da linha.

— Bom dia Denise, é Ísis. Papai está aí?

— Oi princesa, está sim. Vou chamar.

Alguns segundos se passaram, e o pai a atendeu.

— Oi, minha boneca, aconteceu alguma coisa? - disse Antônio, preocupado.

— Não, papai. Liguei pra perguntar se posso ir com os meninos andar de bicicleta na Lagoa? Mamãe já deixou. - disse Ísis, animada.

— Sei não princesa. Não acho uma boa ideia você ficar saindo com 3 meninos. O que as pessoas não vão ficar comentando? - disse o pai, preocupado.

— Papai, somos apenas amigos, você sabe disso. E você sabe que eu não ligo para o que as pessoas dizem. - disse Ísis, um pouco chateada.

— Mas, eu ligo. Não quero minha filha mal falada. Mas dessa vez, vou deixar. Mas só dessa vez. Quero que evite ficar saindo com esses garotos sozinhos.

— Obrigada papai, sabia que o senhor deixaria. Te amo. Beijos. Tchau. - Ísis desligou o telefone com pressa.

— Mãe! - gritou Ísis. — Papai deixou! - disse contente.

— Claro, seu pai não consegue negar nada para a bonequinha dele. - disse Fátima, sorrindo.

— Mãe, você me ajuda com alguns lanches para o piquenique?

— Ajudo sim, filha. Vai trocar de roupa e volta pra me ajudar. Que horas vocês vão?

— Quatro horas da tarde os meninos vão passar aqui pra gente ir. - respondeu Ísis, se afastando.

Ísis chegou no quarto dela, trocou de roupa e aproveitou para escolher uma roupa bem bonita para o piquenique, pois no fundo queria impressionar Bóris. Escolheu um vestido bem leve e florido. Deixou ele em cima da cama. E desceu para ajudar sua mãe com os lanches.

***

Quatro horas da tarde. Os meninos já gritavam Ísis no portão da casa dela. Ísis saiu com sua mãe.

O Amor que Desafiou o Tempo - Ísis & BórisOnde histórias criam vida. Descubra agora