Os meses se passavam e os encontros se tornavam cada vez mais frequentes. Os lugares eram alternados, os dias e horários também. Bóris sempre tomava muito cuidado para que eles pudessem se encontrar sempre com muita segurança.
Miguel já estava com sete meses, era um menino alegre e risonho. Tinha os cabelos pretos como os do pai, e os olhos lindos como os da mãe.
Ísis e Bóris, eram pais babões.
Fernando estava cada dia mais agarrado com o pequeno Miguel. Era uma briga dele com Bóris para ver quem ficaria mais tempo com o Miguel.
Ísis se divertia com a situação.
— Vocês vão deixar esse menino mal acostumado com tanta bajulação. - disse Ísis enquanto tirava Miguel dos braços de Bóris para dar de mamar.
— Ísis, relaxa. Eu sou o melhor padrinho que o Miguelzinho poderia ter. - disse Fernando da cozinha, enquanto pegava um copo de água.
— Eu sei muito bem disso. Você é o melhor, Fernando!
— Eu sou tão incrível, mas tão incrível que vou até botar meu afilhado pra dormir enquanto os pombinhos aproveitam o resto da tarde juntos.
— Muito obrigado, meu amigo. Os pais dele agradecem muito. - disse Bóris, sorrindo.
Quando Ísis acabou de amamentar Miguel, o colocou para arrotar e em seguida, Fernando o pegou e foram para o quarto.
Bóris deitou ao lado de Ísis na rede que tinha na varanda do hotel em que estavam.
O dia estava ensolarado. Ele ficou admirando a sua linda mulher, que estava com um semblante um pouco cansado.
— O que foi, amor?
— Nada meu bem, só estou te admirando. Você é linda demais! E é o grande amor da minha vida!
— Mesmo com essa cara cansada?
— Você é linda de qualquer jeito, meu amor.
Bóris colocou o cabelo de Ísis atrás da orelha, ele amava fazer esse gesto. Pois assim via o rosto de Ísis melhor. Ele olhou bem no fundo dos seus olhos. Amava tanto aquela mulher que nem sabia como dizer em palavras o que sentia. Bóris abaixou a cabeça, triste.
— O que houve, meu amor? Estou te sentindo um pouco aflito.
— É meu amor, estou preocupado com a nossa situação. Fernando e eu não ainda não conseguimos achar um jeito para acabar com o Mário e conquistar nossa liberdade novamente. Quero poder viver com você e com nosso filho todos os dias, em segurança. Mas acho que com esses encontros estou expondo muito vocês.
Bóris estava com o olhar triste.
— Não fique assim, meu amor. Sei que vocês vão encontrar um jeito de saírem dessa situação. Eu e o nosso pequeno vamos esperar por você o tempo que for necessário. Eu também fico preocupada, Mário não para de me fazer perguntas. Me cerca de todos os lados.
— Sei que será muito difícil, mas acho melhor a gente se ver menos, meu amor.
— Não Bóris, é só a gente continuar tomando cuidado. Miguel já se acostumou com você e com Fernando. Quando ficamos muito tempo sem se ver, ele fica amoadinho.
— Esse é o meu garoto, ou melhor, o nosso garoto. Nosso filho é lindo, Ísis.
— É mesmo, meu amor. Agora vem cá, e me dá um beijo. Vamos deixar as preocupações um pouco de lado.
Bóris concordou imediatamente. Se aproximou de Ísis, que já estava com a respiração ofegante. Todo o ser dela desejava o seu amado.
Ele passou a mão pela nuca de Ísis e agarrou seu cabelo, isso a fez gemer baixinho. Eles se beijaram com mais intensidade. A paixão queimava dentro deles. Ísis interrompeu o beijo por um segundo.
— Vamos para o quarto, Bóris!
— Que tal a gente ficar aqui mesmo?
— Aqui? Na varanda? Os outros hóspedes podem nos ver, maluco.
— Eu amo uma aventura.
Bóris começou a rir da cara de Ísis para ele.
— Mas eu não. Vem, vamos para o quarto.
Ísis levantou e estendeu a mão para Bóris a seguir.
— Eu só vou com uma condição!
Ele fez uma cara de criança sapeca.
— Ah, é? E que condição seria essa Sr. Sanches?
— Que você seja minha para o resto da vida, e nas outras vidas também.
— Isso vai ser fácil pra mim, seu bobo. - disse Ísis sorrindo e passando os dois braços por cima dos ombros de Bóris, que aproveitou os movimentos da amada e a pegou no colo, e a levou para o quarto.
A felicidade pairava sobre suas faces. Bóris deitou Ísis na cama e subiu em cima dela. Começou a beijar seu pescoço, foi descendo para seus seios. Ele tirou o sutiã dela e começou a acariciá-los e beijá-los com muito carinho. Ísis amava a forma como Bóris a tocava. E ele sabia disso.
Bóris continuou beijando o corpo de Ísis. Desceu até sua barriga, e parou ao chegar em seu sexo. Abriu a calça jeans que ela usava e a tirou juntamente com a calcinha. Ísis estava molhada e suplicava pela boca de Bóris. Ele não perdeu tempo. Segurou-a pela cintura enquanto alternava em chupar seu clitóris e penetrar seus dedos nela. Ísis deitada na cama, com a cabeça jogada para trás enquanto se perdia de tanto prazer.
Ver a sua amada desse jeito, deixava Bóris louco. Amava ver Ísis totalmente entregue. Amava fazê-la sentir tanto prazer.
Quando percebeu que Ísis estava quase gozando, ele parou e se levantou. Ela abriu os olhos imediatamente, desesperada, querendo saber o porquê ele tinha parado. Ele sorriu, pois já entendia a amada apenas por suas feições.
Ele abriu as calças e deixou seu sexo exposto, já estava totalmente enrijecido. Ísis ao vê-lo naquele estado brincou.
— Hum, nosso amiguinho está animado hoje.
— Culpa sua, dona Ísis.
— Minha culpa? Eu nem fiz nada... ainda! - Ísis fez cara de sapeca e deu uma gargalhada. — Vem cá, vem!
Bóris obedeceu e se deitou ao lado dela.
Ísis começou a fazer carinho no pênis de Bóris, que imediatamente fechou os olhos para se entregar ao prazer. O sexo oral rolou por um tempo, mas quando Ísis percebeu que Bóris estava perto de gozar, interrompeu. Ela queria se vingar.
— Que covardia, Ísis.
— Viu como é bom!
E os dois caíram na gargalhada.
Eles se olharam nos olhos, e aos poucos foram parando de sorrir. Agora seus olhos demonstravam amor, paixão e desejo um pelo outro. Suas bocas se encontraram, num beijo quente.
Bóris a penetrou fundo e de uma vez só, preenchendo-a por completo. Ísis geme ao sentir ele todo dentro dela.
Ele se inclina sobre Ísis para ficar mais perto de seu rosto, puxa o cabelo dela para o lado e a beija de língua enquanto continua a meter fundo. Eles param o beijo, mas Bóris continua com o rosto perto do dela, pois ama ver seu rosto enquanto geme.
Enfim, os dois gozam. Bóris se joga na cama, sem forças. Eles estão exaustos, suados, com a respiração acelerada. Eles se abraçam.
— Eu te amo, Ísis.
— Eu te amo, Bóris.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Amor que Desafiou o Tempo - Ísis & Bóris
FanfictionNo final dos anos 60 e início dos anos 70, Ísis e Bóris viveram um amor arrebatador e inesquecível. Mas o destino os separou de forma cruel. Boris foi preso e torturado pelos militares, por causa de suas ideias políticas. Isis recebeu a notícia de...