Capítulo 23 - O Confronto

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O clima era de pura tensão na casa de Ísis. Mário estava visivelmente fora de si.

— Ora, ora, ora! Se não é meu querido amigo Bóris vivo aqui na minha frente!

— Mário, seu cafajeste, devolva o Miguel agora! - gritou Bóris.

Ísis vendo seu filho nos braços de Mário, começou andar na direção deles.

— Ei, meu amor, aonde você pensa que vai? Paradinha aí.

Mário apontou a arma para Ísis, que parou! Bóris ficou revoltado ao ver Mário apontando uma arma para a sua amada.

Fátima, estava ao lado de Antônio. Eles pediram que Mário parasse com aquela loucura e se entregasse à polícia. Mas Mário mandou que todos ficassem quietos. Ele ameaçava todos com a arma.

Bóris fez um sinal para Antônio, que entendeu o que era para fazer.

— Mário, não vale a pena fazer isso. Você ainda é jovem, pode construir uma família com uma mulher que o ame de verdade.

Enquanto Antônio distraía Mário com aquele papo, Bóris fez um sinal para Ísis pegar Miguel na hora certa. E então, Bóris com toda a sua força partiu para cima de Mário, que soltou Miguel com o golpe, e Ísis o pegou antes que caísse no chão. Ela chorou ao ter seu filho novamente em seus braços.

Bóris e Mário estavam lutando no chão, e uma arma estava entre eles. Foi tudo muito rápido, quando de repente se ouviu um disparo. Ísis gritou. Quem teria levado o tiro?

Os dois no chão, se entreolharam para ver quem havia sido baleado e para surpresa deles, não havia sido nenhum dos dois.

Quando se ouviu alguém caindo no chão. Era Antônio, ele havia levado um tiro na barriga.

— Antônio!!! - gritou Fátima, se ajoelhando ao lado de seu marido. — Meu amor, fala comigo. Vai ficar tudo bem.

Antônio não conseguia falar, estava sentindo muita dor e perdendo muito sangue.

— Temos que chamar uma ambulância. - Ísis gritava indo em direção ao seu pai e com Miguel ainda em seu colo, chorando pelo barulho do tiro.

Mário aproveitou o momento em Bóris foi ao telefone para pedir uma ambulância e levantou, tomando de volta a arma que estava caída no chão.

— Bóris, solte esse telefone agora. Ninguém vai chamar ambulância.

— Mário, por favor. É o meu pai.

Ísis chorava, indignada com a ordem de Mário.

Fátima pegou a capa que estava no sofá para estancar o sangue de Antônio. Ela sabia algumas técnicas de primeiros socorros e pediu ajuda de Ísis. Elas estavam desesperadas, mas tentaram manter a calma para não piorar a situação.

— Mário, solta essa arma cara, foge. Algum vizinho já deve ter chamado a polícia, por causa do disparo.

— Cale a boca Bóris. Nossa, eu odeio tanto você. Minha vontade é te matar aqui e agora, mas não faço isso porque quero ver você sofrendo quando eu conseguir o que eu vim buscar. A Ísis. Ela sempre foi minha, mas você a roubou de mim! Eu te odeio Bóris, eu te odeio.

E nesse momento houve outro disparo. Mário havia atirado no braço de Bóris.

Ísis deu Miguel para Fátima imediatamente e correu em direção do seu amado, mas Mário a interceptou no caminho. Passou o braço em seu pescoço e apontou a arma para sua cabeça, a fazendo de refém.

— Solta ela, Mário. - disse Bóris, segurando o braço e sentindo muita dor.

— Eu falei que ela era minha.

O Amor que Desafiou o Tempo - Ísis & BórisOnde histórias criam vida. Descubra agora