O clima era de pura tensão na casa de Ísis. Mário estava visivelmente fora de si.
— Ora, ora, ora! Se não é meu querido amigo Bóris vivo aqui na minha frente!
— Mário, seu cafajeste, devolva o Miguel agora! - gritou Bóris.
Ísis vendo seu filho nos braços de Mário, começou andar na direção deles.
— Ei, meu amor, aonde você pensa que vai? Paradinha aí.
Mário apontou a arma para Ísis, que parou! Bóris ficou revoltado ao ver Mário apontando uma arma para a sua amada.
Fátima, estava ao lado de Antônio. Eles pediram que Mário parasse com aquela loucura e se entregasse à polícia. Mas Mário mandou que todos ficassem quietos. Ele ameaçava todos com a arma.
Bóris fez um sinal para Antônio, que entendeu o que era para fazer.
— Mário, não vale a pena fazer isso. Você ainda é jovem, pode construir uma família com uma mulher que o ame de verdade.
Enquanto Antônio distraía Mário com aquele papo, Bóris fez um sinal para Ísis pegar Miguel na hora certa. E então, Bóris com toda a sua força partiu para cima de Mário, que soltou Miguel com o golpe, e Ísis o pegou antes que caísse no chão. Ela chorou ao ter seu filho novamente em seus braços.
Bóris e Mário estavam lutando no chão, e uma arma estava entre eles. Foi tudo muito rápido, quando de repente se ouviu um disparo. Ísis gritou. Quem teria levado o tiro?
Os dois no chão, se entreolharam para ver quem havia sido baleado e para surpresa deles, não havia sido nenhum dos dois.
Quando se ouviu alguém caindo no chão. Era Antônio, ele havia levado um tiro na barriga.
— Antônio!!! - gritou Fátima, se ajoelhando ao lado de seu marido. — Meu amor, fala comigo. Vai ficar tudo bem.
Antônio não conseguia falar, estava sentindo muita dor e perdendo muito sangue.
— Temos que chamar uma ambulância. - Ísis gritava indo em direção ao seu pai e com Miguel ainda em seu colo, chorando pelo barulho do tiro.
Mário aproveitou o momento em Bóris foi ao telefone para pedir uma ambulância e levantou, tomando de volta a arma que estava caída no chão.
— Bóris, solte esse telefone agora. Ninguém vai chamar ambulância.
— Mário, por favor. É o meu pai.
Ísis chorava, indignada com a ordem de Mário.
Fátima pegou a capa que estava no sofá para estancar o sangue de Antônio. Ela sabia algumas técnicas de primeiros socorros e pediu ajuda de Ísis. Elas estavam desesperadas, mas tentaram manter a calma para não piorar a situação.
— Mário, solta essa arma cara, foge. Algum vizinho já deve ter chamado a polícia, por causa do disparo.
— Cale a boca Bóris. Nossa, eu odeio tanto você. Minha vontade é te matar aqui e agora, mas não faço isso porque quero ver você sofrendo quando eu conseguir o que eu vim buscar. A Ísis. Ela sempre foi minha, mas você a roubou de mim! Eu te odeio Bóris, eu te odeio.
E nesse momento houve outro disparo. Mário havia atirado no braço de Bóris.
Ísis deu Miguel para Fátima imediatamente e correu em direção do seu amado, mas Mário a interceptou no caminho. Passou o braço em seu pescoço e apontou a arma para sua cabeça, a fazendo de refém.
— Solta ela, Mário. - disse Bóris, segurando o braço e sentindo muita dor.
— Eu falei que ela era minha.
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O Amor que Desafiou o Tempo - Ísis & Bóris
FanfictionNo final dos anos 60 e início dos anos 70, Ísis e Bóris viveram um amor arrebatador e inesquecível. Mas o destino os separou de forma cruel. Boris foi preso e torturado pelos militares, por causa de suas ideias políticas. Isis recebeu a notícia de...