00. MORTE

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E aqui vamos nós começar mais um surto, eu nem sei se alguém vai aparecer por aqui, mas caso apareçam: oi! 

Espero que gostem dessa loucura, vamo ver no que vai dar, qualquer coisa a gente finge que nunca aconteceu kkkkk

Boa Leitura!


Ela cruzou o convés do imenso navio sem sequer ver para onde corria, a neblina engolia quase tudo, mas, ao longe, era possível ver o brilho de uma das torres do castelo na Ilha Central

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Ela cruzou o convés do imenso navio sem sequer ver para onde corria, a neblina engolia quase tudo, mas, ao longe, era possível ver o brilho de uma das torres do castelo na Ilha Central. Ao redor, o mar agitado contrastava com o vento calmo.

Se apoiou nas barras de proteção, seu vestido branco e leve balançando com a brisa. Seus cabelos castanhos e extremamente longos já haviam caído do penteado elaborado, de tanto que ela havia chorado naquela última hora.

Não podia fazer isso.

A cada segundo que passava o seu destino estava mais perto e algo se apertava em seu peito. Um desespero latente que ela havia sufocado por toda a vida, mas que agora a consumia. Nunca seria livre. Nunca seria feliz.

Desceu o olhar e encarou a marca em seu polegar e, como se fosse um sinal, a névoa dissipou o bastante para que o brilho esverdeado da Lua Escarlate iluminasse o ponto exato em que a jovem estava.

— Por que você fez isso comigo?! — Gritou para o céu, como se Asteryn fosse responder, enquanto as lágrimas rolavam e o desespero impregnava seu tom. — Por que me marcou para esse destino?!

Devia se sentir honrada, era o que todos diziam. Era especial por ter sido marcada por Asteryn, a Deusa Ancestral da Lua e dos Mares. Mas a jovem se sentia apenas presa, fadada a um futuro que odiava, carregando nos ombros o dever que nenhuma menina de dezoito anos deveria carregar.

Era seu aniversário e tudo que ganharia de presente seria uma vida que nunca desejou...

— Eu não quero isso. — Murmurou sozinha, os olhos embaçados pelas lágrimas. — Por favor, eu não quero isso...

Por toda a vida, desde que cresceu o bastante para entender que estava sendo preparada para um "grande propósito", ela pediu à Deusa Ancestral que lhe desse coragem e paz de espírito para aceitar seu maldito destino.

Mas ali estava, sem nunca ter sido atendida. Dezoito anos sendo preparada exaustivamente, dezoito anos pedindo todas as noites, dezoito anos com o coração sangrando por saber que sua vida nunca foi sua de verdade.

Encarou o mar lá embaixo e finalmente se deu conta... Era isso, não era? Sua existência pertencia a outro e sempre pertenceria. Nunca houve escolha. Nunca houve chance. Nenhum milagre a salvaria.

Nunca seria livre. Nunca seria feliz.

Jamais teria chance de viver as histórias que lia tão avidamente nos livros que pegava escondido. Nunca conheceria o mundo. Nunca viveria o amor de verdade. Tudo que teria era aquele compromisso gravado em sua pele. Era uma escolhida, ungida e tocada pela lua. Pertencia aos deuses. Ou melhor, pertencia ao único deus que habitava entre os mortais.

Olhou para o castelo surgindo ao longe e então para o mar logo abaixo. Tudo que queria era ter uma escolha...

Tocou a marca em seu polegar, uma lua crescente delicada, podia até parecer uma tatuagem, mas estava ali desde que ela havia nascido. O lembrete constante de que nunca teve escolha. Seu destino estava escrito desde o primeiro segundo de vida.

Com as lágrimas nublando sua visão e o desespero intoxicando seus pensamentos, ela olhou para o mar novamente e, pela primeira vez, foi seduzida por duas doces palavras. E se...

— Oh, Asteryn, Deusa Ancestral da Lua e dos Mares. Se não me concedeu a paz de espírito para aceitar o meu destino serenamente... — Começou, sussurrando baixinho, enquanto secava as lágrimas e se empoleirava no beiral do navio. — Então, por favor, eu suplico, me conceda a paz eterna nos braços do mar.

Nunca teve uma escolha, mas aquilo... aquilo era o mais perto de uma que encontraria na vida. Se não podia ser livre, então preferia a morte.

— Senhorita, o que está fazendo? — A voz masculina se espalhou pela noite escura.

A jovem olhou por sobre o ombro e viu um dos tripulantes se aproximar com cautela.

— Pela autoridade concedida a mim por seu futuro marido, o Lorde Galiley Rike, Senhor das Tempestades, eu ordeno que desça daí, senhorita. — Ele disse firme.

A garota sorriu pela primeira vez desde que seu aniversário de dezoito anos havia começado... E então ela pulou.

Seu corpo bateu contra as ondas geladas e cada um de seus ossos estalou com o choque. A água invadiu seus pulmões de uma vez só e a força do mar a arrastou, como se a pegasse pela mão e puxasse para muito longe.

Ela fechou os olhos, aceitando a escuridão, feliz por ter escolhido pelo menos uma única coisa em sua vida.

Mas o destino é um trapaceiro irônico e tem sua própria forma de brincar...

O corpo feminino foi arrastado — seja por vontade do mar ou dos deuses — até que ultrapassasse a barreira de névoa. A Lua Esmeralda se tornou vermelha e, ao longe, um navio com a Jolly Roger de um palhaço se aproximava.

Foi assim que Lunara Rosalyn morreu...

...para que Luna pudesse viver.

Olha, eu nem acredito que tô começando outra história, eu pirei real, mas enfim, não deu pra tirar esses dois da minha cabeça, então vamo que vamo

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Olha, eu nem acredito que tô começando outra história, eu pirei real, mas enfim, não deu pra tirar esses dois da minha cabeça, então vamo que vamo. 

No próximo eles já se conhecem. 
Beijos e até!

WILDEST DREAMS  | Roronoa Zoro ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora