Ela já era um Rouxinol em uma gaiola muito antes de ser capturada por um pirata com cara de palhaço, porém, quando um peculiar trio é levado até o circo de horrores e faz com que o mundinho de Buggy desmorone, Luna finalmente tem a oportunidade que...
Oie! Tô de volta. Vamo ver o que o Zoro anda fazendo da vida...
Só pra vocês se situarem, esse se passa praticamente ao mesmo tempo que o anterior.
Boa Leitura!
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• ZORO •
Sair das ilhas Conomi acabou demorando muito mais do que eu esperava. Não foi apenas sobre derrotar o Arlong e todos os seus homens-peixes — o que já foi bem difícil — acabamos em um confronto com a Marinha também, o tal do avô de Luffy foi pessoalmente lá para encontrar o neto.
Entre as duas lutas, a despedida de Nami de sua vila e o fato de termos ficado por uma noite para ajudar o vilarejo que foi totalmente destruído, perdemos um tempo que eu julgava muito valioso.
Faziam quase dois dias agora, o Going Merry cruzava o mar com a velocidade máxima permitida pelo vento e velas. Minha mente estava um caos, não tinha meditação ou cochilo que pudesse me acalmar. Eu só queria chegar logo naquela maldita ilha, arquipélago ou que inferno fosse.
Não saber o que estava acontecendo com Luna naquele tempo estava tirando minha paz. Será que ela estava bem? Será que estava segura? Será que tinha se casado com o maldito pseudo-deus? Tentar cogitar as respostas para essas perguntas me dava náuseas.
Além disso, a julgar pelo que Luna falava, ela não tinha uma boa família, ou seja, nem com esse tipo de apoio ela podia contar...
Apoiei minhas mãos no beiral de proteção do navio e encarei o mar escuro lá embaixo, torcendo para que ventasse mais forte. Era alta madrugada, mas todos nós estávamos acordados. A tensão palpável tripulando o Going Merry como se fosse um novo membro de nosso bando. Até o Luffy andava mais calado que o normal, embora fosse o mais otimista dentre todos nós, com certeza.
Naquele instante, o Capitão estava sentado em seu lugar de costume, na cabeça da ovelha que adornava a proa do navio. Nami estava em seu lugar de navegadora, mal tinha saído de perto do manche desde que havíamos deixado sua ilha. Usopp estava sentado no chão, acumulando munição para seu estilingue.
Buggy havia escapado com seu corpo assim que a oportunidade surgiu, e honestamente nenhum de nós fez questão de procurar o palhaço. Então éramos apenas nós quatro. Sim, quatro, afinal o cozinheiro de araque ainda estava a bordo, para meu total desgosto.
— Você não devia trocar esse curativo? — Foi a voz do idiota da sobrancelha torta que perturbou o silêncio.
— Você não devia estar na cozinha? — Rebati irritado. O loiro aguado me tirava do sério apenas por respirar, mas eu também sabia que meu humor não tinha tanto a ver com ele. Eu não estaria daquele jeito se Luna estivesse ao meu lado.
— Acho que ninguém está com fome. — A resposta veio em tom sério, conforme o cozinheiro se encostava há alguns metros de mim e acendia um cigarro.
