Ela já era um Rouxinol em uma gaiola muito antes de ser capturada por um pirata com cara de palhaço, porém, quando um peculiar trio é levado até o circo de horrores e faz com que o mundinho de Buggy desmorone, Luna finalmente tem a oportunidade que...
Voltei! Terminei o capitulo um diazinho antes então tô postando mais cedo que o planejado porque sei que tinha gente bem ansiosa pra atualização ❤
Boa Leitura!
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• ZORO •
Havia esse peso constante na minha cabeça, uma névoa densa que eu tentava atravessar cada vez que ouvia o murmúrio de uma voz conhecida do outro lado. No entanto, por mais que eu corresse, não conseguia alcançar minha própria consciência. Toda vez que eu tentava eu era arrastado para longe.
O tipo estranho de sonho ruim do qual nunca dá pra acordar.
Não sei por quanto tempo continuei tentando, as vozes se misturando na minha cabeça; trechos de um livro e versos de uma canção se embolavam. Eu podia ouvir a voz de Luna em alguns momentos, frases soltas chegando a mim, mas dissipando como fumaça ao vento antes que eu a alcançasse.
— Eu preciso de você... — Ouvi alguém dizendo, Luna talvez, embora a voz de Luffy tivesse sobrepujado isso em algum momento.
Pulei de encontro à névoa então, e, finalmente alcancei minha consciência...
— Eu preciso que você acorde. — Sim, Luffy estava falando comigo, eu ainda não tinha aberto os olhos, mas podia sentir o peso dele no colchão.
— Vai continuar falando ou vai me deixar dormir? — Resmunguei, mal reconhecendo minha voz por estar tão fraca.
Talvez tenha sido uma escolha péssima, porque pelos próximos vinte segundos tive que suportar uma tortura interminável, quando Luffy pulou em cima de mim, berrando coisas que eu ainda não conseguia processar.
Tudo doía, cortando de dentro pra fora como se minha carne tivesse sido fatiada. E só então, enquanto Luffy ainda gritava, foi que a realidade me abateu.
Eu perdi meu duelo contra Mihawk.
No fundo eu sabia que essa era uma possibilidade, acho que foi exatamente a incerteza que me levou a falar com Luna na noite anterior. Tinha uma pequena chance de eu ser derrotado, sendo assim, precisava contar a ela...
Além disso, se eu vencesse, com certeza contaria, então só me adiantei um pouco. Sabia que havia um risco de derrota, porém, julguei que tinha chances, fiz planos sobre isso. Uma realidade em que eu seria o maior espadachim do mundo e poderia fazer de Luna minha prioridade.
Uma realidade onde ela estaria na minha cama todas as noites.
Com vitória ou derrota, eu sabia que tinha feito o certo dizendo a ela toda a verdade. Tive que ser bem claro, afinal Luna tinha uma certa mania de entender as coisas não-ditas da pior forma. Mas eu não me arrependia de nada.
Foi a melhor coisa que fiz.
Mas, com toda a honestidade, não esperava perder e ficar vivo para contar a história. Era vencer ou morrer tentando. Acordar todo retalhado não foi uma possibilidade que cogitei. Nunca esteve em nenhum dos meus planos.