03. BARCO

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Voltei! Quanto mais empolgadas vocês ficam com a fic, mais eu fico animada pra escrever e mais rápido os capítulos vem. Efeito Zoro que chama né?

Esse capitulo se passa depois do episódio 2 da série, mas antes de começar o 3. Vamos conhecer um pouco melhor a Luna...

Boa Leitura!

Boa Leitura!

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• LUNA •

Tem uma coisa em particular que os livros sempre falharam em narrar quando se tratava das aventuras de piratas: as viagens demoram. Demoram pra caramba mesmo, dias e dias no mar para chegar a lugares que são ditos perto. Descobri isso quando passei tempo com a tripulação de Buggy.

A primeira viagem de navio que fiz na vida foi para a Ilha Central, no meu aniversário de dezoito anos. Viagem essa que não terminou, porque me joguei ao mar para não enfrentar meu destino. Antes disso, titia nunca permitiu que eu deixasse Ponta Norte para absolutamente nada. E, mesmo nessa ocasião, as ilhas do Arquipélago Estrela eram tão próximas que a viagem não teria durado muito mais que algumas horas.

Então, nesses seis meses de uma suposta liberdade, — que nunca foi liberdade de fato, — eu percebi que no mundo exterior tudo demorava e podia ser tedioso passar tantos dias no mar.

Porém, Buggy tinha uma frota com grandes navios que não perdiam em nada para aquele que Lorde Rike enviou pra me buscar em casa. Isso significava que, mesmo quando eu estava presa em uma das cabines, havia espaço para alguma privacidade fugaz.

Ao viajar com o bando de Luffy — o meu bando — fui confrontada com uma série de novas verdades inoportunas: O barco era muito menor do que qualquer outro em que eu estive, ou seja, não haviam cabines separadas; o banheiro era apenas um pequeno cubículo com um barril, o que na verdade nem podia ser considerado um banheiro de fato; não tínhamos cozinha, apenas um fogareiro de uma boca, o que nem era muito útil, porque estávamos quase zerados de suprimentos, racionando o máximo possível; e, a pior parte, por causa do tamanho do barco, ele balançava muito mais do que qualquer outro, causando uma cinetose chata com a qual eu tinha que conviver.

A situação era bastante precária e, exatamente aí, residia a ironia de tudo, porque, apesar de ter passado os dois dias mais desconfortáveis da minha vida dentro daquele barquinho, apesar de estar enjoada, com fome, com dores no corpo por dormir onde dava e querendo mais que tudo um banho que não fosse de água salgada. Eu nunca estive mais feliz.

Mesmo nos primeiros dias, logo quando fui resgatada do mar pelos homens de Buggy, quando eu estava teoricamente livre fazendo parte daquela tripulação, havia essa voz incessante na minha cabeça que acusava que algo não estava certo. De início eu pensei que fosse medo, afinal Lorde Rike ainda poderia vir atrás de mim. Com o tempo ficou provado que aquilo era a minha intuição dizendo que aquele bando era perigoso e pouco confiável.

WILDEST DREAMS  | Roronoa Zoro ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora