15. ARQUIPÉLAGO

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Oie! Primeira vez que voltei na data certinha e não antes kkkkkkk mas o capitulo ficou com quase 9k, então não dava pra escrever tão rápido mesmo... Reta final tem dessas.

Como de costume tem imagem no paragrafo com *

Boa leitura!

Boa leitura!

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• LUNA •

Você nunca imagina, quando acorda em um dia qualquer, que sua vida vai desmoronar. Mas é engraçado pensar que, naquele dia em questão, eu acordei com um péssimo pressentimento.

Vivi por dezoito anos em uma certa linearidade caótica, minha tia era inconstante, mas havia ordem nisso. Nessa montanha-russa fictícia os altos e baixos eram uma pequena oscilação apenas. Uma linha tremula, não um amplo zigue-zague. Sendo assim, nada me preparou para grandes opostos.

Como eu podia ter ido dormir nos braços de Zoro, depois de uma noite incrível e, menos de vinte e quatro horas depois, estar presa no porão de um navio pequeno e mofado?

Como eu podia ter tudo em um dia, e perder tudo logo em seguida?

A pessoa que eu julgava ser minha melhor amiga não me suportava e agora estava em perigo em um lugar qualquer do mar. O bando que eu assumi como certo, tinha ficado para trás no pior momento. O homem que eu amava estava desacordado em uma cama, depois de perder a batalha de sua vida... Tudo deu errado. Tudo.

Balancei meus braços, tentando me soltar dos grilhões que me prendiam ao teto. Eu já estava tentando aquilo há horas, o corpo doendo pelo esforço e os pulsos feridos, mas nada tinha mudado. A corrente ainda estava fortemente fixada.

Respirei fundo, naquele ponto eu já havia tentado de tudo, inclusive pensar de forma lógica. Isso não me ajudou em nada. Apelei até mesmo para a tal luz que criava adagas, mas o poder não se manifestou, porque até pra simples tarefa de controlar minhas próprias habilidades eu me provei inútil.

Eu sabia que estava voltando para o Arquipélago Estrela, de alguma forma Arlong me reconheceu e seus homens me capturaram antes que eu pudesse fugir, gritar ou revidar. Nunca pensei que homens-peixe fossem tão fortes assim, mas agora minha cabeça tinha um galo dolorido pra contar a história de como fui nocauteada.

Não estava no navio do Arlong, eu sabia disso. Não que os dois homens-peixe que faziam aquela viagem comigo tivessem falado muito. Era apenas dedução lógica.

Prendi o choro que travou minha garganta. Eu não podia desistir. Ficar me lamentando não me ajudaria. Continuei tentando puxar as correntes com toda a força que eu tinha, no entanto, meus esforços só serviam para lacerar ainda mais os meus pulsos.

Senti quando algo no ar mudou, algo denso pairando por toda parte. Aos poucos a neblina foi tomando conta até mesmo do porão, como uma coisa viva que podia alcançar qualquer lugar. Engoli em seco.

WILDEST DREAMS  | Roronoa Zoro ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora