Ela já era um Rouxinol em uma gaiola muito antes de ser capturada por um pirata com cara de palhaço, porém, quando um peculiar trio é levado até o circo de horrores e faz com que o mundinho de Buggy desmorone, Luna finalmente tem a oportunidade que...
Voltei! Hoje é meu niver, então um capitulo novo pra gente comemorar. (tomara que não dê merda no capitulo, isso seria muito irônico kkkkk)
Estamos no episódio 04 da série, e vocês vão notar que fiz algumas modificações pequenas na perseguição Kuro x Kaya, pra ficar mais emocionante.
Espero que gostem!
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• LUNA •
Eu estava em choque.
Tipo assim... pela Deusa, o que tinha acabado de acontecer?
Não sei dizer há quanto tempo Zoro já havia deixado o quarto, eu apenas continuava ali, sentada sobre a penteadeira, totalmente paralisada, encarando o nada, enquanto cada parte do meu corpo ainda formigava. Como se o toque intenso e ousado do espadachim tivesse deixado marcas permanentes na minha pele.
Ele me beijou.
Quer dizer, tecnicamente eu o beijei primeiro, porque segui o conselho de Nami sobre tirar a prova. Mas perto do meu beijinho de nada, o dele foi...
Eu nem sabia que um beijo podia ser assim.
Até li nos livros, mas parecia apenas uma grande romantização. Nunca imaginei que de fato poderia derreter, queimar e doer, tudo ao mesmo tempo, ansiando por mais de alguém.
Era meu sonho ser beijada por Roronoa Zoro, mas sequer cogitei que esse momento seria tão impactante. Era como se eu fosse um mero instrumento de cordas e ele o mais habilidoso dos músicos, sabendo exatamente onde tocar para tirar a melhor melodia de mim.
E naquele momento eu só queria mais...
Os livros que eu lia escondida me deram uma certa noção do que viria a seguir. Então, teoricamente, eu até sabia. No entanto, também fui ensinada que os livros eram uma perversão que eu jamais deveria copiar. Segundo minha tia, a intimidade entre um homem e uma mulher devia acontecer apenas depois do casamento e somente com o propósito de gerar herdeiros para o Lorde Rike. O prazer que as personagens literárias encontravam, sozinhas ou com seus parceiros e parceiras era totalmente imoral e errado. Eu sabia disso também, porque fui ensinada e tive esse ensinamento reforçado com gritos e violência, no dia em que minha tia encontrou meus livros e os queimou.
Era impossível esquecer de algo que me deixou roxa por dias. Eu sabia que ia sumir, nada que titia fazia comigo deixaria um só sinal definitivo na minha pele, afinal eu pertencia a Lorde Rike. No entanto, certamente marcas invisíveis ficaram na minha memória.
Porém, quando Zoro me beijou daquele jeito, quando ele acariciou minha língua com a dele e tocou meu corpo com a maestria de quem leu um manual de mil páginas, eu só... esqueci. Quem eu era, meu nome, quando nasci, ou ao que eu estava destinada, nada disso importava naquele momento. Não era mais sobre as coisas que eu sabia, muito menos sobre aquelas que eu havia aprendido, era apenas sobre as coisas que eu queria.
