Meu Coração é Laranja

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Complô amoroso

Hoje, dona Elara dirigiu-se à feira local, mergulhando na agitação das barracas coloridas e aromáticas. Ela cuidadosamente selecionou uma variedade de frutas maduras e verduras frescas, escolhendo os melhores ingredientes para preparar um jantar saudável e saboroso.

Enquanto Leana se entrega a um momento de descanso merecido após um longo dia de trabalho, ela se acomoda confortavelmente no sofá, absorvendo os programas da televisão para relaxar.

Theo retorna de um passeio divertido com seu pai, segurando uma sacola repleta de deliciosos chocolates, sua expressão radiante e cheia de alegria ao compartilhar suas guloseimas recém-adquiridas.

— Olhe, mamãe, passamos no supermercado e compramos tudo isso! — ele abre a sacola para ela olhar.

— Seu pai precisa parar de te dar tantos doces, Theo. Ele já foi embora? Vou falar com ele.

— Sim, ele somente me deixou aqui e já foi.

Determinada a intervir, Leana estica o braço.

— Me dê essa sacola.

— Ah, mãe...

— Me dê já essa sacola! — Insiste, com firmeza.

Apesar da hesitação, Theo obedece à mãe,

— Você só vai comer chocolate depois de jantar! — anuncia Leana, levando os doces para a cozinha, onde encontra sua avó preparando a mesa para o jantar iminente.

O garotinho não consegue conter as lágrimas diante da perspectiva de adiar o prazer dos doces para depois do jantar.

— Pode já mandar o Theo lavar as mãos, Leana. O jantar está quase pronto.

A neta sorri, sentindo o aroma da comida deliciosa de sua avó e seu estômago roncar.

— Theo! — ela grita — vá lavar as mãos e venha jantar!

Poucos minutos depois, todos já estão sentados à mesa, servindo-se. Leana serve seu filho com um pouco de arroz, feijão, frango com batatas, cenouras e pimentões, brócolis assado e salada de alface e tomate.

Contudo, sua esperança em ver Theo desfrutando da refeição se desfez ao observá-lo comer apenas algumas colheres de arroz e o frango.

— Não quero mais, mãe.

— Mas filho, você gosta tanto de batata. Coma pelo menos as batatas. — tenta persuadi-lo, sem sucesso, pois ele nega a cabeça, rejeitando.

— Já estou satisfeito.

Leana desvia o olhar para sua avó, procurando ajuda.

— Coma mais um pouco pra ganhar chocolate, Tetéo. — Elara sorri, amigavelmente, tentando incentiva-lo.

— Não quero mais, bisa. Posso ir brincar, mãe?

A rejeição faz sua mãe desconfiar de como ele se alimentou durante o dia.

— Theo, o que seu pai te serviu no almoço hoje?