09. Sala Segura

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Malfoy abriu a porta de seu escritório, que dava para um lance de escadas. As escadas, as paredes e o teto eram todos pretos, assim como a ampla sala em que surgiram quando o seguiram escada abaixo.

— Por que tudo é feito dessa pedra negra? — Ron perguntou, enquanto desciam as escadas.

— Isso é obsidiana negra? — Harry perguntou.

— Sim. Este é o meu quarto seguro. — Malfoy respondeu.

— Obsidiana Negra é usada para conter Magia Negra… — Hermione afirmou, em sua habitual voz de recitadora de livros.

Malfoy riu.

— Essa é a história que tá circulando. — Ele disse, parecendo divertido. — Mas a obsidiana negra é usada para conter magia poderosa, Granger. A pedra realmente não sabe diferenciar entre a classificação humana para magia das Trevas ou da Luz.

Hermione olhou para Malfoy com desconfiança.

— Não precisa me olhar assim, Granger. Eu só faço magia muito lícita aqui, não se preocupe. — Draco acrescentou, num tom que deixava claro que se tratava de uma mentira descarada.

A sala tinha poucos móveis. Do outro lado da sala, no lado oposto da entrada, havia uma pequena área para preparar poções. Prateleiras cheias de ingredientes e frascos que cobriam toda a parede, e havia quatro caldeirões fervendo com poções não identificadas, e mais dois guardados sob um grande balcão de madeira. Havia uma enorme quantidade de papéis espalhados em cima do balcão, com anotações, e outra enorme quantidade de papéis amassados espalhados pelo chão.

Havia alguns bonecos de madeira espalhados, dois deles parecendo destruídos além do reparo mágico. Na parede à esquerda, havia um quadro enorme, cheio de papéis colados magicamente. Foi para lá que Malfoy foi, e eles o seguiram.

— O que você está preparando? — Rony perguntou.

— Três versões fracassadas da “ruína da vontade” e um antídoto fracassado para ela. — Ele disse, parecendo cansado.

— É realmente tão complicado? — Hermione perguntou, e Malfoy olhou para ela.

— Sem ofender seu brilhante intelecto, Granger, mas me considero altamente hábil na arte de fazer poções. Eu era o aluno favorito de Severus Snape por um motivo. — Malfoy disse, as sobrancelhas franzidas em irritação. — Além disso, se isso fosse fácil de fazer, alguém já teria feito isso há séculos.

Hermione revirou os olhos.

— Eu sei que deve ser complicado. — Ela disse, mas não havia empatia em sua voz. Ela tinha aquele ar de sabe-tudo que Harry conhecia tão bem, que dizia que ela estava convencida de que poderia descobrir a poção em uma tarde se tentasse.

— Ah, então você acha que será mais rápida do que eu para descobrir, certo? — Malfoy perguntou, rápido em entendê-la, mas a irritação em sua voz foi substituída por pura exaustão. Ele massageou as têmporas e gesticulou para que sua poção abrisse espaço. — A propósito, fique à vontade. Analise minhas descobertas, experimente, e eu pagarei para você um jantar no restaurante mais caro de Londres esta noite, se você conseguir descobrir esta poção esta tarde.

— Ei! Estou bem aqui! — Rony protestou.

Malfoy franziu a testa para Ron, como se não entendesse seu comentário.

— Ah, Merlin, Weasley, não estou dando em cima da Granger! — A compreensão encheu seu rosto e ele estava rindo.

Ron ficou satisfeito, mas Hermione ficou ofendida.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora