28. A Proposta

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Quando Draco fechou a porta de sua casa atrás de si, ele se apoiou nela, sentindo que seus joelhos ainda tremiam um pouco. Ele deslizou pela porta e sentou-se, segurando sua cabeça com ambas as mãos. Só então ele percebeu que sua mão esquerda ainda estava sangrando. Ele pegou sua varinha e lançou um tenebris sana distraidamente.

Eu quase beijei Harry Potter. Ele deixou as palavras penetrarem, tentando forçar seu cérebro a entender a enorme estupidez que ele quase fez.

Ele quase te beijou também! O cérebro idiota e apaixonado de Draco respondeu, e ele passou as mãos pelos cabelos em puro desespero.

— Ah, Salazar, estou ficando maluco! — Draco disse em voz alta, puxando seu cabelo com força, como se isso pudesse interromper o fluxo de imagens que continuavam se repetindo em um loop ridículo dentro de sua cabeça.

Harry preocupado com ele novamente.

Harry perguntando sobre seu pai.

Harry sentou-se ao lado dele no sofá.

Harry dizendo para ele descansar.

Harry sorrindo para sua magia de sangue, despreocupado e cegamente confiante.

Harry deixando Draco tocar sua mão.

Harry se inclinando em sua direção.

— Ah, vamos lá, tanta merda acontecendo e tudo que consigo pensar é naquele idiota!? — Draco se levantou, de repente se sentindo irritado consigo mesmo.

Draco subiu correndo as escadas, largando sua capa no grande sofá de seu quarto e já começando a desabotoar seu colete. Ele se inclinou na pia e olhou para seu reflexo no espelho.

— Você precisa se recompor, Draco Lucius Malfoy, porque Harry Potter tem que ser a última coisa em sua mente agora! — Draco repreendeu seu reflexo.

Seu pai seria solto de Azkaban. Sua mãe ainda poderia ser uma lunática e, bem, ela era uma Black, afinal, então talvez fizesse sentido. E ele tinha uma pintura amaldiçoada para encontrar, e uma doce garota para ajudar a fugir do ambiente abusivo de sua casa. Portanto, ele precisava parar de pensar em Harry Potter.

O que ele precisava fazer era encontrar uma maneira de contornar essa confusão sem alertar a AP sobre o que eles estavam descobrindo. Depois da conversa com Harry na noite anterior, Draco percebeu que o melhor agora era evitar a soltura de seu pai. Adicioná-lo a essa situação era loucura, e ele nunca seria capaz de lidar com isso. Mas saber o que fazer era difícil. Se ele cortasse os fundos de sua mãe, seria o suficiente para impedir que seu pai fosse solto? Ou a AP já estava satisfeita com o trabalho de sua mãe para soltar seu pai de qualquer maneira?

Não. Qualquer coisa apressada da minha parte só os alertará sobre o que eu sei e sobre o que nós descobrimos. A única coisa que posso fazer para parar essa loucura é capturar AP. Draco pensou.

Era ali que ele deveria concentrar seus esforços. Uma vez que AP fosse presa, ele lidaria com o resto. Talvez sua mãe se juntasse ao pai em Azkaban depois de tudo isso, mas ele precisava se preocupar com uma coisa de cada vez, ou então não chegaria a lugar nenhum. Ele já estava sobrecarregado.

Draco se livrou do resto de suas roupas e ligou o chuveiro, mas manteve a água fria. Ele precisava limpar sua mente porque não poderia falhar naquela tarde. Estranhamente, ele estava de volta ao trabalho sozinho, como sempre deveria ter sido. Mas agora ele sentia que algo estava faltando. Claro, ele estava sentindo falta da presença da bunda irritante de Harry Potter.

Ótimo. Potter tinha que arruinar até mesmo minha habilidade de trabalhar bem sozinho, não é? Draco reclamou consigo mesmo enquanto deixava a água fria lavar Harry Potter para fora de seu cérebro. Infelizmente, a água fria falhou miseravelmente nessa tarefa.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora