Draco Malfoy and The Aeternum Caput | Drarry

32. O Leilão

Harry Potter e Draco Malfoy entraram no pequeno e mal iluminado corredor que os levaria ao coração de uma das principais operações que a Borboleta Dourada realizou até agora. Ambos tinham suas varinhas prontas, mas o corredor estava vazio. Havia poucos lugares para se esconder, e quanto mais eles caminhavam, mais pesado o ar ficava. Eles estavam descendo para as masmorras do castelo.

O murmúrio baixo de vozes começava a ecoar nas paredes enquanto desciam, mas antes de virarem a esquina, Harry segurou o braço de Draco de novo. Ele apontou para as pessoas que se aproximavam por trás. Draco fez um gesto silencioso, como se perguntasse: "Vamos brigar?" Harry balançou a cabeça em um 'não'. Era melhor não criar uma confusão ainda; os reforços poderiam demorar para chegar.

Então Harry puxou o Draco de volta para a única porta pela qual eles haviam passado desde que entraram naquele corredor. Estava apenas alguns passos atrás deles, e Harry nem olhou o que havia dentro antes de empurrar Draco para dentro, seguindo-o para dentro e fechando a porta atrás deles. Os passos que a audição aguçada de Harry ouvira acabaram de fazer a curva, e quando três pessoas mascaradas passaram por eles, Harry soltou um suspiro aliviado. Ele lançou um Muffliato sem palavras, mas quando ele se virou, ele quase tropeçou em Draco, que estava com as costas contra uma parede a apenas alguns centímetros de distância dele.

Aquilo não era um quarto. Era um armário. Quando Harry percebeu isso, seus olhos se arregalaram e suas mãos começaram a tremer.

— Merda. — Ele sussurrou, e instantaneamente fechou os olhos, sentindo a claustrofobia habitual entrar em ação. Depois do tempo em que morou no armário dos Dursleys, estar em espaços pequenos e fechados sempre foi enervante.

— Qual é o problema? Você ouviu outra coisa? — Draco deu um pequeno passo para mais perto, já perto demais de Harry para começar.

— Não, é só... Eu não gosto de espaços pequenos e fechados... — Harry sussurrou. Ele sentiu sua respiração ficar superficial e desejou desesperadamente que não fosse outro ataque de pânico. Não poderia haver um momento pior para isso.

— Ei... — Draco sussurrou, e Harry sentiu a mão do Draco deslizar em cima da sua e apertá-la levemente. — Quem disse que estamos em um espaço fechado?

— Que? — Harry franziu a testa e abriu os olhos. Os olhos prateados de Draco estavam muito próximos.

— Feche os olhos. — Draco disse, suavemente. – Não estamos em um espaço fechado. Estamos em... Estamos no campo de quadribol de Elena. Certo?

Harry sorriu e então fechou os olhos.

— Certo. O campo de quadribol... — Harry concordou, deixando sua mente viajar para aquele imenso e aberto espaço sob o belo céu noturno da Noruega. Harry tinha acabado de ultrapassar Draco na captura do pomo de ouro e caiu sobre dele.

Então, o coração de Harry começou a disparar em seu peito por um motivo totalmente diferente. Ele olhou para aquele momento específico com um par de olhos diferente e percebeu que ele e Draco realmente flertaram um pouco depois daquele jogo. Oh, esse também não era um bom momento para mergulhar naquele mundo em particular, porque um mundo onde ele flertava com Draco Malfoy era um que ele não sabia como entender. Mas, novamente, um mundo onde ele estava em uma missão de vida ou morte com Draco Malfoy também não era aquele que ele pudesse entender completamente.

— Espera um segundo, ok? Apenas dê um passo para trás. — Draco empurrou Harry gentilmente contra a porta. — Esta é apenas a porta da casa de vassouras, mas ainda estamos do lado de fora, certo?

— Sim. — Harry manteve os olhos fechados e sentiu a respiração do Draco acariciando sua pele. Ele se perguntou se Draco sempre foi tão gentil. Será que o de sangue puro de coração frio que ele conhecia em Hogwarts sempre foi desse tipo por dentro?