Draco Malfoy and The Aeternum Caput | Drarry

25. A Principal Suspeita

Harry aparatou em seu apartamento com o coração disparado como louco no peito. Ele tinha certeza de que estava perdendo a noção da realidade porque não tinha ideia do que tinha acabado de acontecer.

Droga, esse idiota está tentando fazer eu ter um ataque cardíaco! Harry reclamou, despencando no sofá e massageando os olhos.

Que porra está acontecendo? Harry se perguntou, tentando raciocinar um pouco. Desde que ele e Draco entraram na Mansão Malfoy, sua vida virou de cabeça para baixo. Draco virou sua vida de cabeça para baixo.

Tudo tinha sido tão louco e inacreditável que, quando Harry acordou na Mansão Hagström, sem ter a mínima ideia de como sua vida o levou a dormir na Mansão de uma mulher que ele mal conhecia no meio dos fiordes noruegueses só para verificar como Draco Malfoy estaria pela manhã, ele entrou em pânico.

Ele entrou em pânico demais, e depois de agradecer rapidamente a Elena por deixá-lo passar a noite, ele fugiu daquele lugar o mais rápido que pôde, sem realmente esperar Draco se levantar e sem checá-lo. Mas fugir não o ajudou nem um pouco, e durante as duas semanas seguintes, a única coisa em que ele conseguia pensar era no irritante, lindo e de olhos prateados Draco Malfoy. Draco estava em todos os seus momentos de vigília, e em todos os seus sonhos desde então.

Harry continuou se perguntando como ele estava, se ele estava se sentindo melhor, se ele estava se recuperando adequadamente. Ele continuou escrevendo bilhetes para enviar para Draco ou para Elena, perguntando tudo isso, apenas para acabar amassando-os, insatisfeito com cada palavra que ele escrevia. Sempre parecia muito, ou muito pouco.

Elena enviou-lhe algumas atualizações sobre como Draco estava, e o coração de Harry começou a esperar ansiosamente por uma coruja que aparecesse na janela de seu escritório. Mas elas só vinham a cada dois ou três dias, e isso dificilmente era o suficiente. Então, para distrair sua mente perturbada e forçá-la a sair da brecha de pensar apenas em Draco Malfoy, ele tentou se concentrar no caso deles, mas o resultado não foi melhor. Principalmente porque ele estava investigando a mãe de Draco.

Finalmente, Harry decidiu tentar o conselho de Elena e falar com alguém. Ela havia sugerido Andrômeda ou Molly, e Harry sabia que ambas o ouviriam, mas decidiu ir falar com Hagrid. Parecia natural falar com Hagrid sobre seus problemas pessoais. Hagrid também sempre esteve lá para ele, e foi uma ótima decisão. A noite passada foi a terceira visita que Harry fez à sua pequena cabana nas duas semanas anteriores, e nessas três visitas Harry havia desabafado tantas coisas que já se sentia incrivelmente mais leve. Eles conversaram principalmente sobre a guerra, sobre a culpa que Harry sempre carregou e sobre as coisas que o impediam de realmente seguir em frente. Nas duas primeiras visitas, Harry estava muito determinado a não falar sobre Draco Malfoy, mas na noite passada, Harry descobriu que não conseguia mais evitar falar sobre Draco.

E então, para sua maior surpresa, depois de falar sobre Draco por horas com Hagrid, quando ele estava prestes a sair, ele encontrou o mesmo Draco Malfoy meio bêbado nos arredores de Hogwarts, parecendo absolutamente devastado novamente, encostado em uma árvore e bebendo. O olhar em seu rosto tinha tanta dor que Harry não conseguiu se forçar a deixá-lo daquele jeito.

Harry encarou Draco por vários minutos, sem saber o que fazer, ou como se aproximar dele. Então, felizmente, Minerva apareceu do nada para cumprimentá-lo e o convidou para ir dizer olá a Draco, dizendo a ele que Draco vinha visitar Hogwarts com frequência também. Harry seguiu sem pensar, sentindo uma necessidade desesperada de ver Draco novamente e finalmente tendo uma desculpa para isso.

O problema era que, a essa altura, cada interação que ele tinha com Draco Malfoy bagunçava um pouco mais sua cabeça. E aquela conversa na noite passada, com os dois descansando contra a mesma árvore, ombros se tocando, compartilhando uísque de fogo e memórias e histórias sobre si mesmos... O jeito que os olhos de Draco brilhavam sob as luzes amarelas bruxuleantes de Hogwarts... O sorriso suave em seus lábios quando Harry se sentou ao lado dele... Tudo! Era uma loucura, parecia que Harry estava vivendo dentro de algum sonho.