26. O Prisioneiro de Azkaban

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Algumas horas depois, Harry estava escondido sob sua capa de invisibilidade, andando atrás de um Draco Malfoy muito elegante e distinto, em uma túnica de bruxo azul marinho e branca. Era quase estranho olhar para Draco vestindo algo que não fosse preto e verde. Ele estava incrível naquele azul escuro, mas parecia que faltava alguma coisa. Era quase como se preto e verde fossem suas cores e não as da Sonserina.

Draco subiu as escadas até o "Breaking Point", parecendo relativamente calmo, mas assim que abriu a porta, Narcissa Malfoy não era a voz que o recebeu.

— Draco, querido, que coincidência! — Outra mulher o cumprimentou, e Harry reconheceu Madeline Greengrass.

— Madeline! — Draco sorriu educadamente para ela. — Daphne… Boa tarde. Astoria não está com vocês?

Madeline e Daphne Greengrass trocaram um olhar, compartilhando um sorriso em cumplicidade presunçosa.

— Desculpe Draco, ela não estava se sentindo muito bem hoje, então ela ficou em casa. — Daphne respondeu, ainda sorrindo presunçosamente.

— Ah. Ela não está bem? — Draco parecia preocupado.

— Nada para você se preocupar, Draco! Se puder, venha nos visitar em breve, tenho certeza de que uma visita sua ajudaria a animá-la. — Madeline disse, dando um tapinha gentil em seu ombro.

— Claro, eu irei o mais rápido possível. Mande meus melhores desejos a ela. — Draco concordou, ainda parecendo preocupado.

— Nós iremos. Ela ficará encantada! — Daphne riu.

Eles trocaram despedidas educadas e as duas mulheres foram embora. Harry teve que desviar das duas para evitar bater nelas acidentalmente, mas então ele bateu as costas em Draco. Draco se manteve firme, mas lentamente se virou para Harry com uma carranca que claramente dizia: 'esbarre em mim de novo e eu te mato, Potter'. Harry riu sob a capa.

Harry viu Ron e Hermione em uma mesa nos fundos da loja, ambos já tomando algo de uma xícara de chá chique que provavelmente era apenas água, convocada por um aguamenti depois que eles fizeram o chá de verdade desaparecer. Eles concordaram que era melhor para todos eles não beberem nada, só por precaução. Afinal, eles ainda não tinham descoberto o antídoto para "a ruína da vontade". Não muito longe de Ron e Hermione, ainda mais fundo da loja, estava Narcissa Malfoy. Ela estava olhando pela janela enquanto batia o dedo nervosamente na mesa.

— Mãe? — Draco a chamou, e ela se assustou.

— Draco, ah, é você! — Ela abriu um largo sorriso e se levantou para abraçá-lo.

Harry ficou um pouco preocupado com a proximidade deles. Ele não tinha visto Narcissa abraçar Draco em nenhuma de suas interações até agora.

— Mãe, o que está acontecendo? — Draco puxou os braços dela do pescoço dele, e Harry se moveu para um canto, onde podia ver melhor seus rostos sem correr o risco de esbarrar em qualquer outro passante. Draco parecia muito preocupado.

— O quê, não posso abraçar meu próprio filho? — Ela sorriu, mas também tremia levemente. Harry preparou sua varinha.

— Mãe, você nunca me abraça. Você sempre diz que demonstrações públicas de afeição não são adequadas para puros-sangues. — Draco observou em um sussurro, olhando fixamente para ela.

— Sim, bem, mas tenho uma notícia maravilhosa. Sente-se, querido. — Ela disse, e ambos se sentaram.

— Então me diga. — A carranca de preocupação de Draco se aprofundou enquanto ele esperava.

Narcisa pigarreou e abriu um grande sorriso que parecia sincero.

— Seu pai será solto mais cedo do que o esperado. No mês que vem, para ser mais precisa. — Narcissa cuspiu, e os olhos de Draco se abriram de repente. Não era só surpresa, mas também havia medo naqueles olhos cinzentos.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora