22. As Desculpas

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Draco abriu os olhos e havia letras no teto. Ele piscou algumas vezes antes que elas entrassem em foco, e então ele leu:

“Hospital Øistein Viken para doenças e lesões mágicas

Paciente em tratamento: Draco Malfoy

Estado atual: Em recuperação”

Ah, estou de volta aqui. Adoro como eles escrevem tudo no teto, para que saibamos onde estamos quando acordamos. O povo norueguês é muito legal. Pelo menos parece que estou fora de perigo. Draco pensou, vendo uma luz verde brilhando ao redor das letras.

Ele já tinha acordado lá algumas vezes e sempre achou legal ter aquela escrita no teto. Ele tentou se mover um pouco, e uma onda enorme de dor percorreu seu corpo. Ele moveu sua mão direita lentamente para massagear seus olhos e notou que pelo menos todos os seus anéis ainda estavam lá.

— Draco! — Draco ouviu seu primeiro nome, mas era na voz de Harry Potter, e ele não conseguia acreditar no que ouvia. Mas então, olhos verdes entraram em seu campo de visão, cobrindo as letras no teto, e ele realmente viu os lábios de Harry Potter se movendo e repetindo seu primeiro nome. — Draco, você acordou, finalmente!

— Harry? — Draco perguntou, automaticamente indo para seu primeiro nome também. Sua mente estava muito nebulosa para pensar. Ele tentou se mover novamente, mas a dor ainda era muito intensa.

— Não, não se mova… — Harry disse, gentilmente. — Eles fecharam todas as suas feridas, mas a maldição ainda fará você sentir dor por um tempo. E há também o seu esgotamento mágico.

Maldição. Aquela palavra soou como um sino na mente de Draco, e ele se sentou abruptamente.

— Maldição… _ Draco ecoou. — A Mansão… O diário! — Draco se viu ofegante.

— Tudo bem, eu destruí. — Harry tocou seus ombros, empurrando-o de volta para a cama. — Agora, fique deitado.

— Você destruiu? Como diabos você entrou na biblioteca? — Draco perguntou, sem acreditar no que ouvia.

— Sim, eu destruí. Elena nos admitiu na biblioteca… Ela disse algo sobre um ritual que ela fazia quando você morava lá que a tornava uma Malfoy de alguma forma. — Harry explicou.

— Ah, certo! — Draco sorriu suavemente.

Aquele ritual oficialmente fez de Draco o irmão mais novo de Elena, e o adicionou à árvore genealógica deles, então isso pode ter sido o suficiente para contornar as proteções na Mansão Malfoy. Isso foi sorte. Mas quando Draco olhou de volta para os olhos de Harry, eles desviaram o olhar, cheios de tristeza.

Draco não entendia por que ele parecia tão triste.

— Bem, isso é ótimo, por que você parece chateado? Surgiu outro problema? — Draco perguntou. — Quanto tempo eu dormi? Eu deveria levantar e... — Draco tentou sentar novamente apesar da dor, e Harry apenas o empurrou de volta para a cama.

— Você não vai a lugar nenhum, seu babaca. — Harry cuspiu, e Draco ficou ainda mais confuso.

— Como eu sou babaca? O que diabos eu fiz? — Draco perguntou, com pouca ideia do que Harry estava falando.

— Você é louco! E um idiota! Você recebeu essa maldição, e eu sei que ela era direcionada a mim! Você poderia ter morrido! Você já estava fraco por causa daquela piromancia louca contra o protego diabolica! — Harry estava realmente puto com o fato de Draco ter se machucado em vez dele.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora