20. A Mansão

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Na noite de 8 de maio, Harry Potter e Draco Malfoy aparataram nos arredores da Mansão Malfoy. Astoria havia enviado a confirmação de que Narcissa já estava na Mansão Greengrass, então eles estavam livres para vagar pela Mansão e destruir o diário de Nicholas Malfoy.

Foi a primeira vez que ambos pisaram naquele lugar desde o fim da guerra. Eles encararam a enorme sombra da Mansão com muitos pensamentos, mas seguiram em frente, apesar de ser a última coisa que qualquer um deles queria. Quando chegaram às proteções, Harry quase tropeçou em Malfoy quando ele parou de repente e sentiu a caixa de obsidiana se movendo dentro de seu bolso magicamente aprimorado e atingindo-o nas costelas.

— Ai! — Harry reclamou.

— Desculpe. — A voz de Malfoy soou cautelosa e um pouco temerosa. — Não sei se as proteções para alertar contra… Uhm, pessoas não marcadas ainda estão ativadas.

— Ah, certo. Você sabe como verificar isso? — Harry perguntou.

— Sim, me dê um minuto. — Malfoy disse e pegou sua varinha. Ele sussurrou alguns feitiços por um tempo, e então pareceu satisfeito.

— Elas se foram. Pelo menos minha mãe teve a decência de desativá-las. — Malfoy disse, e Harry não tinha ideia do que responder, então eles apenas começaram a andar novamente em silêncio.

Malfoy guiou Harry por uma pequena entrada lateral que os levou a um corredor estreito e um longo lance de escadas. Malfoy acendeu sua mão esquerda com sua pequena chama verde para iluminar o caminho, e Harry apenas lançou o tradicional lumus para ajudá-lo a caminhar. As escadas levavam a outra pequena passagem, que Malfoy abriu puxando uma alavanca escondida nos tijolos. A passagem se abriu e eles emergiram em um grande escritório com várias prateleiras cheias de livros.

— Isso nos levou direto para a biblioteca?! — Harry perguntou num sussurro. Malfoy riu.

— Ah, por favor, Potter. Este é apenas o antigo escritório do meu pai. A biblioteca é muito maior do que isso. É só mais perto para vir direto para cá, e assim não precisamos andar pela casa. Eu preferiria não avisar os elfos domésticos que passamos por aqui. Eles provavelmente nem vêm mais a este escritório... — Malfoy passou um dedo pela mesa, e ela estava realmente coberta de poeira.

— Certo… — Harry concordou, encarando Malfoy por um minuto com um pouco de preocupação. Ele não parecia bem. Malfoy parecia de alguma forma mais pálido na luz fraca, e sua respiração estava irregular. Malfoy olhou ao redor da sala por um tempo, e seus olhos estavam um pouco fora de foco e ligeiramente temerosos.

— Ei, você está bem? — Harry puxou Malfoy pelo ombro para poder vê-lo melhor.

Ele ficou um pouco assustado quando Harry o tocou, e Harry imediatamente o soltou. Malfoy estava nervoso, e Harry notou a maneira como sua mão direita estava fechada em um punho apertado.

— Desculpe. Sim, estou bem. É só que… Esta casa. — Malfoy sussurrou. — Pensei que pegar esta passagem e vir direto para cá seria melhor, mas parece que não há um único cômodo neste manicômio que eu não odeie. Só isso.

Isso definitivamente não era tudo, e Harry nunca pensou ter visto uma mentira tão óbvia de Malfoy antes. Mas Harry mais uma vez não sabia como responder, e Malfoy não esperou que ele dissesse nada e foi direto para a porta. Harry seguiu em silêncio, e eles emergiram em um enorme corredor cheio de pinturas. Todos os retratos começaram a sussurrar enquanto eles passavam, todos incomodados com a luz. Malfoy andava rápido para todos os lugares, e Harry nem teve tempo de descobrir onde eles estavam, mas tentou pelo menos memorizar as curvas que eles estavam fazendo.

Eles viraram à direita no final do corredor com as pinturas, depois à esquerda depois de um corredor cheio de armaduras, e então Harry parou de seguir para onde eles estavam indo e começou a se preocupar com Malfoy. Sua respiração estava ficando cada vez mais curta e irregular conforme eles avançavam. Quando eles viraram à esquerda no próximo corredor, Malfoy parou, e rapidamente recuou, e sua chama morreu. Ele se encostou na parede mais próxima e fechou os olhos.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora