23. A Família Encontrada

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Att dupla em celebração aos 10 mil acessos! Muito obrigada a todos que estão acompanhando esta obra, vocês são incríveis!!!

Boa leitura! ;)

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Draco, Elena e Harry aparataram nos arredores de uma ilha norueguesa entre os fiordes. Draco observou Harry olhando ao redor curioso, provavelmente esperando acabar dentro da Mansão como da última vez, mas Draco logo desviou o olhar dele. Seu coração ainda estava uma bagunça, e ele duvidava que pudesse encarar Harry tão cedo.

— Desculpe, Harry, precisamos pegar a rota mais longa hoje. Nenhuma aparatação é permitida na ilha e contornar as proteções com uma chave de portal como eu fiz naquela noite para Andrômeda exige tempo, então precisaremos entrar pelos meios tradicionais... — Elena se desculpou, apontando para um pequeno barco ancorado não muito longe deles.

Todos subiram no barco, que se movia sozinho, levando-os para a ilha de Hagström. Draco tremeu no frio congelante do vento norueguês de "primavera", roubando olhares de Harry ocasionalmente.

Ele não sabia o que pensar.

Ele não sabia como se sentir.

Essa coisa toda, esse Harry Potter se misturando com sua vida, isso era demais, e seu coração não tinha ideia de como lidar com aquele pirralho irritante e maravilhoso de olhos verdes. Draco pensou que tinha seguido em frente, que toda a sua paixão estava enterrada em seu passado, esquecida como deveria estar. Mas Harry estava bem ali, a apenas alguns centímetros de distância dele, mexendo com seus sentimentos e certificando-se de que cada um deles ressurgisse ao mesmo tempo.

Assim, com medo de se afogar naquele mar de sentimentos confusos, Draco se perguntou se deveria simplesmente guardá-los e nunca mais olhar para eles. Era tentador, especialmente depois de perceber que havia um pensamento em particular persistindo no fundo de sua mente, um pensamento que estava perto de fazê-lo admitir que não tinha apenas uma queda pelo Escolhido. Mas Draco não conseguia encarar isso agora.

Harry estava bem ali, seguindo ele e Elena colina acima até a Mansão Hagström, pois Merlin sabia qual era o motivo, mas Draco nunca se sentiu tão distante dele. E ainda assim, ele nunca se sentiu mais próximo. Seu peito apertou. Draco fechou os olhos e se recusou a processar qualquer coisa porque sabia que não conseguia. Ele não conseguia processar o que sentia por Harry Potter, ou o efeito que Harry Potter sempre teve sobre ele. Sempre que ele se encontrava sob o efeito Potter, era uma garantia de ser uma bagunça. Então ele apenas se permitiu ser uma bagunça. Elena sempre disse que estava tudo bem, e Elena sempre sabia melhor.

O vento continuou drenando todo o seu calor até que eles estavam seguramente escondidos na grande sala de entrada da Mansão Hagström. Assim que eles pisaram na casa, todos eles instantaneamente sentiram um cheiro incrível. Conforme eles se aproximavam da cozinha, o cheiro ficou mais forte e a risada de Anya ecoou, junto com a voz de Henrik falando com ela em norueguês.

Quando Elena abriu a porta da cozinha, Draco deixou aquela cena doce encher seus olhos, e lhe dar uma desculpa perfeita para focar em outra coisa, em qualquer coisa que não significasse que ele tinha que pensar sobre aquela discussão ou pedido de desculpas ou o que quer que fosse que ele tinha acabado de ter com Harry no hospital. Aquela cena se desenrolando na cozinha instantaneamente lhe deu um pouco de paz de espírito e o fez lembrar o quão incrivelmente sortudo ele era por fazer parte da família Hagström.

Henrik estava perseguindo Anya pela cozinha, e ela estava coberta de farinha branca, espalhando-a por todo o lindo piso de ladrilhos cinza escuro. Ela estava jogando punhados de farinha em Henrik, que também estava branco da cabeça aos pés. Ele a agarrou e jogou-a em seu ombro como um saco de batatas, e ela riu ainda mais enquanto ele a girava.

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora