01. O Investigador Particular

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Cinco anos depois, Harry invadiu o escritório bagunçado na Sede dos Aurores que ele dividia com seu parceiro e melhor amigo, para encontrar Ron já lá esperando por ele. Seu humor estava bom naquela manhã chuvosa de abril, até que ele foi falar com o Auror Chefe, Gawain Robbards, e conseguiu o próximo caso.

— Merlin Harry, o que há de errado? — Ron foi rápido em identificar o mau humor de Harry, já que geralmente significava problemas e dores de cabeça para ele e para o resto do departamento. A única coisa que Harry ainda precisava trabalhar para se tornar o Auror Chefe era seu temperamento. 

— Vá em frente. Leia-o! — Harry jogou um arquivo na mesa de Ron, como se fosse resposta mais que suficiente. 

Ron não discutiu e abriu o arquivo. Foi um caso muito diferente do anterior. Eles estavam trabalhando no caso de uma pessoa desaparecida, que demorou uma eternidade para se desenrolar no desfecho mais enfadonho: um marido que tinha duas famílias e fugia de uma das esposas, que não podia gerar seus filhos. Tinha sido completamente anticlimático e chato, mas este novo caso parecia excitante. O resumo explicava rapidamente que alguém avistou uma casa antiga, que estava causando todo tipo de problema para quem se aproximava dela. Havia proteções na casa que mantinham todos fora, e aqueles que tentavam romper as proteções acabavam em St. Mungus com diferentes graus de problemas sérios.

Ron passou rapidamente pela descrição de vários efeitos de azarações e maldições desconhecidas, que foram lançadas sobre as pessoas que tentaram passar pelas proteções da casa, e seu estômago revirou, ameaçando devolver o café da manhã se ele demorasse muito nas descrições. Então, Ron continuou, ainda sem entender por que esse caso irritava tanto Harry. Ele só entendeu quando chegou ao comentário final.

Na página final, escrita na caligrafia apressada de Robbards, havia uma única nota: "Contrate um investigador particular para ajudar, Sr. Draco Malfoy."

— Malfoy? — Ron perguntou, agora entendendo a raiva de Harry. — O que diabos Malfoy saberia sobre como fazer o trabalho de um Auror?

— Robbards disse que deveria ser um especialista em quebrar maldições. E outras merdas de Magia das Trevas. — Harry disse, afundando em sua cadeira como se o mundo tivesse se tornado um lugar mais escuro agora que ele tinha que conhecer Draco Malfoy.

— Bem, isso pelo menos é crível. — Disse Rony. — Ele deve conhecer a magia negra.

Isso não melhorou o humor de Harry e apenas resultou em um murmúrio de reclamação.

— Quando vamos buscá-lo? — Ron perguntou, com medo da reação de Harry, mas arriscando.

— Hoje, se possível, mas primeiro temos que terminar a papelada do caso do marido desaparecido. Eles precisam que Malfoy apareça amanhã de manhã, de um jeito ou de outro. Teremos que convencê-lo de alguma forma. — Harry respondeu e, surpreendentemente, voltou-se para a papelada com uma dedicação incomum.

— Tudo bem. E você sabe como encontrá-lo? — Perguntou Rony.

— Há um cartão no arquivo. O endereço de seu escritório está na parte de trás. — Harry disse. Ron procurou no arquivo até encontrar um cartão preto, com letras prateadas que diziam: “Draco Malfoy – Investigador Particular” na frente, em uma caligrafia muito bonita. Atrás havia um endereço: “1 Siddons Ln, Londres. Bata por favor."

— Sabe onde é isso? — Perguntou Rony. Ele não sabia muito sobre Londres, já que morava no interior, mas sabia o quanto Harry adorava perambular pelas ruas movimentadas da cidade em seu tempo livre.

— É perto da casa de Sherlock Holmes. — Harry respondeu com um humor ainda pior. — Em uma viela, logo atrás da Baker Street. Isso é como uma piada de mau gosto!

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora