14. O Quarto Andar

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No dia 1º de maio, às 19h30, as elegantes figuras de Harry Potter e Draco Malfoy, em suas roupas trouxas chiques recentemente compradas na Jack Davison Bespoke, aparataram entre as árvores de Kensington Gardens e caminharam pela W. Carriage Drive na direção de Exhibition Road, e viraram à esquerda em Knightsbridge, contando os números até chegar ao número 66, onde ficaria o restaurante.

— Então, você elaborou um plano para nos trazer? — Harry perguntou, ainda tentando se acostumar com suas roupas novas e chiques, e não se distrair com a figura elegante de Malfoy andando ao seu lado.

— Bem, o ideal seria eu tentar derrubar as proteções, se houver. Então aparatamos. — Malfoy olhou para Harry com um sorriso divertido.

Harry se preparou para encará-lo furiosamente.

— Então por que estou vestido assim? — Harry apontou para seu novo conjunto de roupas.

— Porque você fica muito melhor assim! Seu senso de moda é um desastre completo, então decidi te ajudar! — Malfoy afirmou calmamente, lutando para conter a risada.

— Deus, eu poderia te matar agora mesmo! — Harry reclamou.

— Vamos, Potter, não fique nervoso comigo ainda. A noite mal começou. — Malfoy começou a rir, e seu rosto se iluminou de uma forma que Harry nunca tinha visto antes.

— Isso é uma forma de vingança por eu ter morrido de rir naquele dia do chá com Astoria, não é? — Harry suspirou pesadamente.

— Hm, talvez. — Malfoy admitiu, conseguindo controlar um pouco a risada. — Mas ainda há uma chance real de que nenhum de nós tenha sorte em derrubar as proteções, então pensei que seria melhor nos prepararmos de qualquer maneira. Não precisa se gabar, Potter, as roupas não eram apenas para te irritar. Posso fazer isso sem gastar uma única libra trouxa.

Harry respirou fundo e decidiu se concentrar na primeira parte da frase de Malfoy, aquela realmente útil para o trabalho deles.

— Ah, sério, você quer me dizer que não pode derrubar as proteções deles?! A pessoa que derrubou as proteções daquela Casa Assombrada em cinco minutos?! Você é um cara tão estranho! Nossa, eu já deveria saber disso! — Harry revirou os olhos.

Malfoy riu de novo, e Harry ficou um pouco surpreso com o quanto seu rosto se iluminava quando ele ria daquele jeito. Foi uma pena que a risada tenha sido às custas de Harry.

— Bem, você tem um excelente argumento. Mas veja, Potter, vou lhe dar uma pequena lição sobre como funcionam as proteções. Você pode me agradecer mais tarde... — Malfoy começou, e Harry sabia que odiaria o que quer que saísse daquela boca adorável. — Quanto mais complexa for uma determinada proteção, maior será a chance de existir uma camada na intrincada magia que tenha o equivalente a uma pequena rachadura, um pequeno ponto de falha que se pode explorar para derrubá-la de fora. Assim, uma proteção muito complexa como aquela daquela Casa Assombrada, por exemplo, sempre terá algo que possa ser usado para forçá-la a ser derrubada, se você souber como procurá-la.

— Certo, então você pode tirar a proteção, e as roupas só vão me irritar, entendi! — Harry já estava irritado com Malfoy.

— Não, Potter, ainda não terminei, ouça tudo. — Malfoy o advertiu. — Existem proteções que não podem ser quebradas por fora, mas devem ser simples, ou ter funções simples. Uma proteção bastante simples, como uma proteção anti-aparatação, raramente tem falhas ou rachaduras que possamos usar para quebrá-las de fora, porque a magia é simples e é fácil de ser feita de maneira suave. Você não precisa de um especialista para deixar uma ala simples perfeita, entendeu?

Draco Malfoy and The Aeternum Caput | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora