06| Ameaça

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— Está mais calma? — Ronan pergunta assim que tomamos uma certa distância das garotas e de toda aquela situação tensa

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— Está mais calma? — Ronan pergunta assim que tomamos uma certa distância das garotas e de toda aquela situação tensa.

Ainda continuamos caminhando juntos pelo corredor. Sua mão estava descansando em meu quadril agora, e eu nem mesmo sabia como reagir àquilo. As pessoas nos observam, curiosas.

Olhares surpresos e até mesmo de espanto eram direcionados a nós.

Ronan Gambirasio, um dos caras mais cobiçados da cidade quase me beijou na boca na frente daquelas vacas, e agora estava caminhando comigo pelo corredor como se fossemos namoradinhos.

Levo minha mão até o rosto, onde Ronan havia beijado. Ainda podia sentir seus lábios suaves ali.

O que foi aquilo?

Ele queria me acalmar? Se esse era o seu objetivo, eu estava mais do que calma agora.

— O que pensa que está fazendo? — Pergunto quando começo a raciocinar direito.

— Evitando que você mate uma daquelas garotas, esquentadinha. — Ele brinca, um sorriso puxava o canto de sua boca. — Você vive se metendo em encrenca o tempo todo?

Assim que viramos a esquina do corredor, me afastei dele, mantendo uma boa distância entre nós. Cruzando os braços, o encaro de frente, esperando uma explicação decente sobre o que diabos ele acabou de fazer.

Ronan enfia as mãos nos bolsos enquanto apenas me encarava de volta por um bom tempo, sem dizer nada.

Ele estava me deixando confusa.

O que ele queria?

Eu podia ver através de seu olhar que ele parecia querer dizer algo, criando uma tensão que eu não conseguia decifrar.

— O que você quer, Ronan? — Finalmente manifesto minha curiosidade em voz alta.

Ele permanece em silêncio, como se estivesse relutante em querer continuar com seja lá o que queria dizer, mas então ele se aproxima outra vez e segura meu braço com delicadeza.

— Vem... — Ele convida, me puxando gentilmente em direção a uma porta que estava ao nosso lado.

Ronan abre a porta com cuidado, e me guia para dentro. Percebo que era um pequeno depósito, cheio de produtos e materiais de limpeza espalhados pelas prateleiras. O cheiro forte de desinfetante preenchia o ar.

Ele fecha a porta atrás de si, silenciando as vozes das pessoas no corredor.

A minha confusão estava aumentando a cada segundo que passava.

Estendo minhas mãos no ar enquanto fazia uma cara de "que porra é essa?".

— Precisamos conversar. — Ele diz, cruzando os braços.

— Eu não tenho nada pra conversar com você... — Resmungo, e tento passar, mas ele entra no meu caminho, ficando entre mim e a porta.

— Você precisa me escutar, Sable. — Ronan insiste, e dessa vez seu olhar era sério.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora