16| Promessa | Parte II

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Começo a ouvir passos atrás de mim, me seguindo enquanto vou em direção ao ringue

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Começo a ouvir passos atrás de mim, me seguindo enquanto vou em direção ao ringue. Nenhum deles fala qualquer coisa para me impedir, nem mesmo Vance, que estava contra a ideia de eu lutar com qualquer um deles.

Eu nunca entraria ali apenas para dar socos neles como se fossem sacos de pancadas. Para mim, isso seria como trapacear ou ganhar algo de maneira injusta. Quero mostrar que não tenho medo deles, que posso enfrentá-los de igual para igual, e que estou determinada a não ceder.

Vance não vai conseguir me domar, mesmo que tente colocar uma coleira no meu pescoço. Não sou e nem pretendo ser a cachorrinha que ele quer que eu seja. Estou disposta a tolerar esse seu joguinho e os seus caprichos, mas tudo será do meu jeito, ele não terá o total controle sobre mim.

Passo pelas cordas do ringue e franzo o cenho ao ver uma mancha de sangue no piso. Se eles estavam acostumados a lutar até derramarem sangue, então eu estava entrando em terreno perigoso agora.

Dean passa pelas cordas sem deixar de me encarar.

— Tem certeza? — Questiona. — Estou te dando uma última chance pra desistir. — A inclinação insolente do seu queixo revela o quanto eu estava sendo subestimada agora.

— Eu não vou desistir, Dean. — Respondo.

Ele tira a sua jaqueta, deixando as suas facas a vista, e se aproxima de mim.

— Então posso ir com tudo? — Ele pergunta com seriedade enquanto avalia meu rosto.

Meu estômago dá um salto, percebendo que ele não está aqui para brincadeira, e isso abala um pouco a minha coragem.

Ele joga a sua jaqueta para o lado de fora do ringue e começa a folgar as fivelas do seu cinto de facas.

Apesar de estar tentando me desencorajar, percebo algo nos olhos dele, como se estivesse secretamente ansioso por aquilo.

Dou um aceno convicto de cabeça como resposta, imitando a sua expressão séria, mostrando que realmente estava decidida.

Ele se afasta e logo depois tira seu cinto com as facas, também colocando do lado de fora do ringue. Dou graças a Deus que ele não tirou a sua blusa, já que isso faria as minhas forças diminuírem uns cinquenta por cento. Eu tinha um fraco por suas tatuagens.

Vejo Ronan se aproximando de uma estante, pegando dois pares de luvas que estavam ali, e depois volta até nós trazendo-as. Ele joga um par para Dean e outro para mim.

— Pra que isso? — Pergunto.

— São luvas, não está vendo? — Dean indaga. — Elas servem pra colocar nas mãos.

— Eu sei disso, idiota. — Estreito os olhos para ele. — Você precisa de luvinhas para lutar? Eu não preciso dessa coisa.

A verdade é que eu não estava acostumada a lutar com luvas, e elas pareciam ser grandes demais para mim e tenho certeza que não me sentiria confortável com elas, o que poderia mais me atrapalhar do que me ajudar agora. Eu costumava usar ataduras para proteger minhas mãos quando treinava com Calian.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora