08| Limbo

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Uma vez, li um livro inspirado em Hades, da mitologia grega, que descrevia a ideia de que, após a nossa morte, não tínhamos consciência de que morríamos, e nossas almas permaneciam em uma espécie de limbo, um mundo situado entre o reino dos vivos ...

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Uma vez, li um livro inspirado em Hades, da mitologia grega, que descrevia a ideia de que, após a nossa morte, não tínhamos consciência de que morríamos, e nossas almas permaneciam em uma espécie de limbo, um mundo situado entre o reino dos vivos e o dos mortos, e que podia ser muito semelhante ao mundo que conhecíamos.

Um ser que servia de guia para as almas era responsável por acompanhar a nossa alma, para que pudéssemos atravessar com segurança o limbo.

Esse ser podia assumir a imagem de alguém que conhecíamos ou de uma pessoa que fosse atraente para nós, a fim de nos convencer mais facilmente a seguir nosso caminho além da vida.

Talvez eu tivesse morrido naquela banheira, e o ser que estava na minha frente agora era o meu guia, que estava aqui para levar a minha alma. Essa era a única explicação plausível para o que estava acontecendo agora. Era quase... irreal. Nunca imaginei que isso poderia acontecer um dia, nem em meus melhores sonhos.

Ele tinha falado comigo, disse um simples "olá" junto com meu nome, assim que abri a porta. Eu estava pasma enquanto via aquele ser perfeito me encarando, e se ele fosse o responsável por guiar a minha alma, eu estava mais do que contente por isso.

— Você sabia que é falta de educação não cumprimentar as pessoas de volta? — Dean indaga, inclinando a cabeça para o lado enquanto levanta uma sobrancelha. Ele ainda estava esperando pacientemente, aguardando uma resposta.

Eh... — Eu realmente não sabia o que dizer. Ainda estava tentando entender se estava vendo coisas ou algo assim.

Ele avalia minha expressão confusa por um momento e percebo que seu olhar desce um pouco mais, para as minhas pernas. Então lembro que estava usando apenas a minha blusa do AC/DC, que mal chegava na metade das minhas coxas. Se eu levantasse muito os braços, ele teria uma boa visão da minha calcinha. Puxo um pouco minha blusa para baixo em um esforço inútil de tentar fazê-la aumentar magicamente.

— Belas pantufas... — Ele comenta quando o seu olhar desce até os meus pés.

Imediatamente, olho para baixo e vejo as minhas pantufas felpudas de cor rosa-choque. Volto a encará-lo com os olhos arregalados e, em um movimento rápido e desajeitado, chuto as pantufas para um canto escuro da sala. Dean baixa a cabeça, disfarçando um sorriso, enquanto passa o dedo indicador pelo lábio inferior.

— O que... você está fazendo aqui? — Finalmente consigo dizer.

Seus olhos voltam ao meu rosto, mas ele parecia não conseguir segurar a vontade de olhar para as minhas pernas quase completamente expostas. Continuo segurando a minha blusa mais para baixo, mas então lembro que estava sem sutiã... e quanto mais eu puxava o tecido, mais ele marcava os meus seios.

Cruzo os braços involuntariamente, tentando ocultar o que estava ali. No entanto, isso faz minha blusa subir um pouco mais, e desisto no mesmo instante, deixando meus braços retornarem à posição anterior.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora