24| A revolta | Parte III

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Depois de uma longa conversa com Tristan, saímos da delegacia e voltamos diretamente para a mansão dos Saavedra

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Depois de uma longa conversa com Tristan, saímos da delegacia e voltamos diretamente para a mansão dos Saavedra.

Tristan nos disse que teríamos outra conversa depois, para acertarmos os detalhes e colocarmos nosso plano em prática. Ele mencionou que nossos bafos estavam fedendo a álcool, e que queria nos ver novamente quando estivéssemos completamente sóbrios, ou seja, nunca... mas concordamos.

Ainda não conseguia acreditar no que iríamos fazer. Lá no fundo, havia medo, uma sensação que se misturava com raiva e sede de justiça, dominando meu ser.

As imagens dos corpos mutilados das crianças e mulheres não saíam da minha mente, alimentando uma coragem fervorosa em meu peito.

Sentia um desejo intenso de retaliar, de arrancar as cabeças daqueles miseráveis com uma faca cega para prolongar seu sofrimento. E eu precisava disso, precisava continuar lembrando dessas imagens, pois seriam o combustível que manteria essa coragem para continuar com nossos planos.

A casa já estava vazia, sem os meus convidados e os de Vance, deixando a mansão silenciosa como ela sempre estava na maioria do tempo.

Fomos direto à suíte de Ronan.

Teríamos muito trabalho a fazer, e um deles seria tentar convencê-lo.

Durante o trajeto até aqui, concordamos em esconder algumas coisas dele por enquanto. Me doía ter que fazer isso, mas sem ele não iríamos conseguir. Nós quatro estávamos unidos por uma força maior, uma conexão que nos sustentava e nos mantinha fortes, e precisaríamos dessa conexão agora para fazermos algo que talvez fosse uma das maiores loucuras de nossas vidas, mas que seria para um bem maior.

Vance dá algumas batidas na porta da suíte, mas depois de um tempo, não recebemos resposta e então ele abre a porta. Logo avistamos Ronan, debruçado sobre seus livros que estavam sobre sua escrivaninha.

— Eu não acredito... — Resmungo enquanto nego com a cabeça.

Ele se recusava a dormir.

O idiota preferia ficar dormindo e babando sobre seus livros ao invés de deitar na droga de uma cama.

Nerd teimoso...

Entramos na sala e seus cachorros, que estavam em um canto deitados sobre um tapete, nos observam e ficam quietos, mas alertas.

Faço cara feia e mostro a língua para o doberman preto, o covarde mordedor de bundas.

Nos aproximamos de Ronan, e Vance fecha um pouco a tela de seu Notebook que estava aberto sobre a escrivaninha, com uma luz branca estalando, iluminando quase toda a sala que estava com as luzes baixas.

Einstein prontamente se move e se senta ao lado do dono, protegendo-o apesar de nos conhecer.

Me coloco ao lado do loiro e enfio um dedo em seu ouvido.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora