Essa obra é um Dark Romance de Harém Reverso (+18)
Sinopse:
Em Brookfield, uma cidade onde o dinheiro e as aparências eram tudo, havia uma elite que reinava; quatro jovens herdeiros, com vidas repletas de extravagâncias e segredos sombrios, cujas fa...
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Uma arma estava apontada para a minha cabeça nesse exato momento, e meu corpo parecia incapaz de articular qualquer tipo de reação.
Eu estava paralisada, como se estivesse sob efeito de anestesia. Minhas emoções estavam tão distantes que a única coisa que conseguia sentir era uma sutil inquietação em meu peito, nada mais.
Meus olhos fixam-se na arma enquanto o garoto que a segurava me ameaçava aos gritos.
— Estou falando com você, vadia! — Ele exclama enquanto agita a arma em direção a minha testa. — Não me faça falar outra vez!
O rapaz esguio usava uma máscara preta, essas que podíamos encontrar na mesma seção das roupas de inverno, e roupas que eram duas vezes maiores que o seu tamanho. Ele segura sua arma com mais força quando percebe que eu não respondia às suas ameaças, e começa uma dança atrapalhada com os pés enquanto olhava para todos os lados, atento a qualquer movimento.
Eu só conseguia pensar em como ele parecia estar mais nervoso do que a própria vítima, que tinha aquela bela arma apontada para o seu cérebro.
Uma puxada no gatilho, e meus pensamentos se dissipariam rapidamente. Estes poderiam ser meus últimos minutos ou segundos de vida. Seria uma morte inconsequente por minha incapacidade de agir como uma pessoa normal? Eu deveria estar desesperada e tremendo como um gato molhado?
— Sable... — Galileu tenta chamar minha atenção. Ele estava do outro lado do balcão, com as mãos para cima, à ordens do assaltante. — Faz o que ele está pedindo. — Ele implora.
Obrigo meu corpo a se concentrar na suposta tarefa que tinha que ser feita. Abro a caixa registradora e começo a tirar algumas notas de dinheiro, casualmente, como se estivesse devolvendo o troco a um cliente.
Não era como se eu quisesse mostrar resistência a um assalto, mas meu corpo ainda estava tentando ligar os interruptores mentais dentro da minha cabeça, para poder fazer a coisa funcionar.
— Mais rápido! — O assaltante exige, impaciente. Parecia que a qualquer momento ele pularia sobre o balcão, para fazer ele mesmo o serviço.
Eu tirei tudo o que tinha na caixa registradora, colocando sobre o balcão. Para o azar dele, só tínhamos alguns poucos dólares. Antes de anoitecer, Galileu sempre limpava o caixa das vendas que foram feitas na manhã e não tivemos muitos clientes à noite. Só conseguimos vender dois Milk Shakes de chocolate e três Muffins de maçã com canela.
— Eu não estou de brincadeira... — Ele se aproxima do balcão e me encara nos olhos, tentando me intimidar. — Eu quero tudo o que você tem aí.
— Cara, fica calmo, tenho mais ali dentro, só espere um momento que irei buscar, certo? — Diz Galileu, na intenção de acalmar o assaltante. — Não queremos que ninguém se machuque.
Ele estava na cozinha quando o garoto mascarado entrou anunciando o assalto. Galileu saiu assim que percebeu o que estava acontecendo, enquanto enxugava as mãos no avental que usava. Ele era um velhote com quase dois metros de altura, barbudo, careca, que usava avental de vovó e toquinha de cozinheiro.