12| Covil do Diabo | Parte II

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Começo a descer rapidamente os degraus da escadaria, segurando o corrimão elegante com detalhes ornamentados

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Começo a descer rapidamente os degraus da escadaria, segurando o corrimão elegante com detalhes ornamentados. Paro no meio do espaçoso salão, tentando recuperar o fôlego, e olho para todos os lados, vendo várias entradas, sem saber para qual direção seguir.

Ao contrário de ontem, agora consigo ter uma visão mais clara de tudo, já que todas as luzes estavam acesas. Mesmo assim, continuo totalmente perdida. Odiava ter uma péssima memória, queria poder lembrar o caminho que fiz para chegar até aqui ontem.

— Corre, Sable! — Olho para a sacada e vejo Killian me observando lá de cima pacientemente, com os cotovelos apoiados no parapeito. — Eu gosto quando fogem de mim, assim é mais divertido.

Porra, ele nem mesmo parecia cansado por correr tanto, enquanto eu parecia uma velha de noventa anos com sérios problemas de asma.

Lanço um olhar raivoso para ele, levantando o dedo do meio em sua direção, antes de voltar a correr outra vez.

Abro uma das portas duplas do grande salão e me deparo com outro cômodo. Uma mesa enorme e retangular estava no centro dele, acompanhada por varias cadeiras. Tenho certeza que cabiam cinquenta pessoas ou mais nela.

Era a sala de jantar.

Ela costumava ficar perto de uma cozinha, certo? E na cozinha, havia facas.

Avisto outras portas duplas à minha esquerda e, sem perder mais tempo, vou em direção a elas, e acabo encontrando a cozinha.

Ela era maior que a minha própria casa.

As paredes eram revestidas por azulejos brilhantes, contrastando com os armários de madeira escura e elegante. Havia tantos eletrodomésticos que eu nem mesmo sabia para que alguns deles serviam.

A alguns metros de mim, havia uma ilha central com um tampo de mármore impecável. Sobre ela, encontrava-se um conjunto de facas enfiadas em um suporte.

Quando estava prestes a me dirigir até elas, as portas se abrem abruptamente atrás de mim.

— Peguei você... — Killian diz, sua voz ecoando por toda a cozinha.

Sem hesitar, corro em direção à ilha. Quase consigo alcançar uma das facas, antes de um corpo me atingir por trás e segurar meus braços, me debruçando sobre o mármore.

— Porra, você quer me esfaquear?! — Killian exclama.

— Eu vou matar você seu desgraçado! — Grito, enquanto me contorço, tentando me livrar de seu agarre. — Vocês estão sonhando se acham mesmo que vou ficar aqui!

Ah, você vai sim, Sable. — Ele se inclina sobre mim, sussurrando na minha orelha. — E tenho muitas coisas planejadas pra nós, docinho.

— Para de me chamar de docinho... — Rosno. — Essa merda é ridícula!

— É por isso que te chamo assim, porque sei que você adora... — Escuto sua risada. — E você é um doce. A garota mais doce que já conheci. Tão carinhosa... — Ele fala ironicamente.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora