26| Garota Azarada

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— Eu não acho que isso seja uma boa ideia

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— Eu não acho que isso seja uma boa ideia. — Digo enquanto Ronan me puxa pelo braço até a cama através das algemas que nos uniam.

Ele ri um pouco e seus olhos se fixam em mim como se tentasse decifrar meus pensamentos.

— Porquê? Vai tentar me matar sufocado com um travesseiro? — Ele brinca.

Juntos, subimos na cama, o colchão cedendo sob o peso combinado de nossos corpos em movimento.

— É que... eu me mexo muito. — Minha voz soa um pouco tensa enquanto me deito ao lado dele.

A corrente curta das algemas nos obrigava a ficar mais próximos do que eu gostaria.

— Eu não ligo pra isso. — Ronan diz enquanto se acomoda. — Então não precisa se preocupar. E se você estiver se movendo muito, eu posso te abraçar bem forte pra conter esses seus movimentos. O que acha?

Solto uma risada baixa e o encaro com um olhar ameaçador.

— Faça isso e eu acabo com você.

Ele sorri de orelha a orelha.

— Sinto muito, mas você terá que se acostumar com a minha presença bem próxima de qualquer maneira, querendo ou não. — Ronan afirma, com seu tom brincalhão ainda presente. Ele puxa a coberta que estava sob nossos pés, deslizando-a para cima de nossos corpos. — Ou talvez você prefira que eu te amarre em uma cadeira e te deixe lá na outra sala pra ser vigiada a noite toda pelo Einstein e pelo Albert?

— Você não faria isso. — Digo, soando ofendida, o encarando com os olhos apertados.

— Eu posso ser muito malvado com garotinhas rebeldes como você, não duvide de mim, Sable. — Ele ameaça e mostra um sorrisinho travesso.

Rodo os olhos e desvio o olhar, virando a cara para outro lado, antes que ele veja o sorriso que estava querendo surgir em meu rosto, mostrando o quanto estava boba por ele.

— Então é melhor ficar aqui comigo certo? Aliás, assim posso garantir que você não fuja no meio da noite. Quem sabe o que aconteceria se eu não estivesse por perto pra te vigiar? Antes de ir tomar banho, eu pedi pra que ficasse quieta e que não mexesse em nada, mas quando saio do closet vejo você xeretando as minhas coisas.

— Eu não estava... xeretando. — Digo, tentando soar convincente mesmo sabendo que era exatamente isso o que estava fazendo.

Meus dedos brincam nervosamente com uma mecha do meu cabelo enquanto tento manter minha expressão séria.

— Claro que não. Apenas estava explorando a sua curiosidade?

— Pense o que quiser, Ronan... — Murmuro, puxando a coberta até o pescoço, me envolvendo na maciez felpuda que me aquece instantaneamente. — Mas estou com sono e quero dormir, então... — Solto um suspiro e fecho os olhos.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora