10| Caindo no Abismo

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Nos aproximamos rapidamente da rodovia depois que saímos do ponto de partida

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Nos aproximamos rapidamente da rodovia depois que saímos do ponto de partida. Dean coloca suas mãos sobre as minhas, que estavam sobre o volante, e diminui a velocidade para entrar na curva que levava até ela. A traseira do carro derrapou um pouco na pista, mas logo ele conseguiu estabilizar o veículo novamente.

Aos poucos, Dean começa a retirar suas mãos do volante, me deixando totalmente responsável pela condução do carro.

— Você está no controle agora. — Ele afirma.

Em seguida, ele sobe os vidros do Dodge para evitar que meu cabelo atinja o seu rosto.

Uma de suas mãos está em meu quadril, enquanto a outra repousa sobre o câmbio manual.

Estava sendo difícil me concentrar na estrada.

Minha mente só conseguia pensar na mão que tocava meu corpo e em onde eu estava sentada.

E podia sentir tudo.

Absolutamente... tudo.

Algo estava sendo pressionado contra a minha bunda, e o tecido fino do meu short não ajudava em nada a amenizar a minha situação delicada.

— Parece um pouco distraída, Sable. — Dean constata, e pelo seu tom de voz, percebo que ele estava debochando de mim. — Você parecia estar tão confiante há alguns segundos atrás... o que aconteceu?

— É que... como vamos fazer isso? — Questiono, fazendo um esforço colossal para tentar colocar meus pensamentos em ordem e não pensar em coisas que não devia. — Você acha que isso é uma boa ideia? — Agito a cabeça em negação enquanto inspiro profundamente.

— Apenas se concentre na estrada. — Ele responde, como se o que estávamos fazendo não fosse extremamente imprudente e perigoso. Caramba, podíamos provocar um acidente.

Olho para o velocímetro e prendo a respiração ao notar que estávamos superando os cento e cinquenta quilômetros por hora. Eu nunca tinha dirigido a uma velocidade tão alta antes.

Tento me concentrar na estrada quando percebo que estávamos começando a nos aproximar de alguns carros, que seguiam na mesma pista. Minhas mãos tremiam um pouco sobre o volante, com a sensação da adrenalina correndo por minhas veias, juntamente com uma tensão misturada ao medo, fazendo meu coração bater mais forte.

Eu estava ciente de que teria que ser rápida, que teria que tomar decisões rápidas. Isso me deixava um pouco aflita, porque eu não era o tipo de pessoa que funcionava muito bem sob pressão.

— Porra, relaxa... — Dean diz e dá um tapa na minha coxa. — Você tá muito tensa.

— Por que será?! — Exclamo, sem saber o que sentir.

Eu estava nervosa, com medo, apreensiva, sentindo uma responsabilidade pesar sobre os meus ombros enquanto a estrada se estendia diante de mim. Mas também estava ansiosa e empolgada com tudo isso.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora