15| Promessa | Parte I

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Assim que eles saíram e nos deixaram a sós com alguns guardas, o ambiente foi preenchido por sussurros cautelosos e olhares nervosos

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Assim que eles saíram e nos deixaram a sós com alguns guardas, o ambiente foi preenchido por sussurros cautelosos e olhares nervosos.

Fiquei exatos sessenta segundos encarando o chão, tentando digerir tudo, sem acreditar no que estava acontecendo, sem conseguir acreditar na grande merda em que me meti.

No mundo existem pessoas convencidas de que sua riqueza lhes confere poder ilimitado sobre tudo e todos. Contudo, aqueles quatro ultrapassavam até mesmo esse nível de arrogância.

Eles estavam ultrapassando os limites do absurdo. Aquilo era mais do que apenas um comportamento típico de garotos ricos e mimados, entediados com todos os seus caprichos extravagantes.

Eles estavam sequestrando pessoas...

Olho para o meu pulso, observando a pulseira ali. Como eu fugiria daqui com isso? Era um tipo de GPS maldito que denunciaria a minha localização, e que me levaria direto às garras deles a qualquer tentativa de fuga.

Eu teria que tentar tirar isso do meu corpo antes de qualquer coisa. Depois, correria para o bosque talvez? Como eu escaparia dos guardas?

Olho para a entrada do salão, vendo dois guardas armados no topo da escadaria, nos observando. Por um lado, estava aliviada por eles estarem ali, já que suas armas seriam a única coisa que poderia nos proteger dos seis homens algemados.

Meu olhar se direciona a eles, que agora estavam indo para um canto do salão, e começam a sentar no chão. Eu os observo com certo nojo e aversão, um sentimento compartilhado com a maioria das pessoas presentes aqui.

Minha pele se arrepia só de lembrar das coisas horríveis que eles fizeram. Alguns permaneceram em silêncio desde que chegaram, e ficaram assim enquanto ouviam suas acusações. Nem mesmo se deram o trabalho de negar todas elas.

Como poderia existir pessoas tão ruins assim?

Começo a desejar que eles sofram muito, se for esse o motivo para estarem aqui. Que paguem em dobro por tudo que fizeram.

Porém, uma inquietude irritante se agitava dentro de mim só de pensar no que aqueles quatro pretendiam fazer conosco. O que eles estavam planejando?

Eu tinha a plena certeza de que coisa boa não era.

— Você está bem? — Escuto Loren perguntar a Greta, que encarava o chão com um olhar perdido. Seus olhos estavam vermelhos, ameaçando deixar lágrimas caírem.

Ela olha para a garota por um instante, dá um breve aceno de cabeça como resposta, e logo volta a encarar um ponto fixo no chão.

— Por que você está perguntando se ela está bem? Não deveria fazer isso. — Uma garota questiona, sua voz cheia de raiva. — Por culpa dela, estamos aqui. Você não escutou o que eles falaram?

Como ela se chamava mesmo? Eu só conseguia lembrar que era a garota que fazia cyberbullying.

— Eu não estou pedindo a porcaria da sua opinião, Gwen. — Loren responde, sem encará-la. — E nem ouse falar comigo. Eu não falo com cadelas racistas.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora