Essa sensação...
A de estar flutuando nas nuvens e de estar tocando o céu.
Eu a conhecia muito bem.
Tão bem, que eu já conseguia antecipá-la, somente ao sentir uma pequena porcentagem dela fluir pelo meu sangue.
E então, era como se o corpo tivesse se desconectado da mente, e eu pudesse ver tudo através de outra perspectiva, nadando em um mar de explosões coloridas, formas irregulares e sons aleatórios.
E enquanto a porcentagem aumentava gradualmente, eu conseguia sentir outra sensação se intensificando cada vez mais.
A de estar morrendo aos poucos até que tudo fosse completamente apagado. Era como se os interruptores da mente racional estivessem sendo desligados, um a um, e então eu caía em um tipo de coma.
O pior de tudo era ter que acordar desse coma e ver as luzes se ascendendo novamente, me obrigando a voltar para a realidade.
Era como ter que reviver outra vez.
Minhas pálpebras abrem pesadamente quando todos os interruptores da minha mente finalmente são ligados outra vez.
Minha respiração está tão fraca que, quando tenho consciência disso, tomo uma profunda inspiração, tentando trazer mais oxigênio para os meus pulmões.
Encaro um teto branco.
Eu estava deitada?
Onde estou?
Tento lembrar o que diabos tinha acontecido, mas a perda de memória recente era uma das coisas que vinham depois do coma.
A única coisa da qual tenho certeza, por enquanto, é que algum tipo de droga alucinógena correu por minhas veias e envenenou o meu sangue.
Tento levantar meu corpo de onde quer que estivesse deitada. Apoio meus cotovelos na superfície macia onde estava e forço meu corpo para a frente, tentando pelo menos ficar sentada.
Quando consigo, minha cabeça tomba para baixo, e meu cabelo cobre meu rosto. Levo minha mão até a testa, sentindo-a latejar um pouco com uma pulsação irritante.
Enfio os dedos em meu cabelo, arrastando os fios para trás lentamente. Aos poucos, começo a olhar ao meu redor, tentando me acostumar com a postura em que estava agora.
Percebo que estou em um quarto, sobre uma cama.
Aperto os lençóis brancos entre os dedos, sentindo sua maciez. A cama de casal estava cheia de travesseiros adornados com fronhas em um tom azul turquesa vibrante. Ergo meu olhar e noto um lustre moderno pendurado no teto, emitindo uma luz suave.
À minha frente, uma TV ocupava quase toda uma parede branca, logo abaixo dela havia uma lareira automática que estava apagada.
Móveis cuidadosamente posicionados preenchiam o quarto.
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Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)
Roman d'amourEssa obra é um Dark Romance de Harém Reverso (+18) Sinopse: Em Brookfield, uma cidade onde o dinheiro e as aparências eram tudo, havia uma elite que reinava; quatro jovens herdeiros, com vidas repletas de extravagâncias e segredos sombrios, cujas fa...