19| Noite Vermelha | Parte II

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Todos eles, sem exceção, eram mais do que perversos

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Todos eles, sem exceção, eram mais do que perversos.

Eram sádicos...

Sinto que o que acabei de presenciar foi apenas uma pequena demonstração do que eles eram capazes de fazer. E, se não fosse por esse senso distorcido de heroísmo deles, acredito que seriam capazes de cometer verdadeiras atrocidades.

Tudo estava tão, mas tão errado...

Eles queriam fazer justiça cometendo injustiças, o que poderia resultar em mais coisas ruins acontecendo com pessoas inocentes.

— Espera... — Digo, me virando para Ronan para encará-lo, e forçando a nossa parada. — Você disse que eu não precisava me preocupar, lembra? Não precisava me preocupar com seus cães correndo atrás de nós pra arrancar as nossas pernas? Não precisava me preocupar com esse jogo maluco que está fazendo todos quererem matar uns aos outros por causa de bolas estúpidas? — A indignação em meu tom de voz era notória.

Puxo a minha mão da sua rudemente enquanto espero sua resposta.

Os três estão parados agora, com os olhos fixos em mim. Dean me observa por um momento enquanto volta a guardar a sua faca, agora suja com o sangue de Victor, em seu cinto. Sem dizer absolutamente nada, ele passa por mim, adentrando um dos corredores do labirinto, desaparecendo de vista.

— Eu disse que não precisava se preocupar, mas não disse que você não participaria dos jogos. — Ronan responde, se aproximando de mim, com aquele seu sorriso terno que fazia meu coração idiota amolecer.

Empurro o seu peito e bufo irritada, começando a marchar para longe deles.

— Quer saber? Vai se ferrar, Ronan. — Digo sem encará-lo.

— A primeira briga do casal? Que fofo... — Ouço Killian dizer.

— Vai se ferrar você também, Killian! Todos vocês!

Ronan me acompanha, no ritmo dos meus passos.

— Ei, espera, vem cá... — Ele diz, em um tom suave, e segura meu braço, me virando novamente para ele. — Einstein e Albert te conhecem, conhecem o seu cheiro. Dei suas roupas pra eles quando você chegou na casa, quando Dean trouxe você. Mandei eles levarem você até o final do labirinto, e era isso que estavam tentando fazer. Ordenei que atacassem somente os homens algemados.

— Acho que eles não entenderam muito bem o que você disse... — Afirmo de forma irônica. — Einstein estava correndo atrás de mim como um louco, como se quisesse me matar!

— Não, ele me entendeu perfeitamente. São cães treinados desde filhotes, Sable. Quem você acha que me levou até você? Einstein veio até nós quando percebeu que você precisava de ajuda.

Suspiro, soltando o ar com força.

— Tanto faz, Ronan. — Me afasto outra vez, caminhando para longe. — Só... fique longe de mim.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora