09| Adrenalina

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— Pra onde está me levando, Dean? — Pergunto, incapaz de conter a minha curiosidade

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— Pra onde está me levando, Dean? — Pergunto, incapaz de conter a minha curiosidade.

Ele mantinha seu olhar atento na estrada, dirigindo a uma velocidade segura, sem pressa para chegar à seja lá para onde estava me levando. Mas isso não me incomodava, pelo contrário, quanto mais tempo passasse com ele, melhor.

— Uma... festa. — Ele responde.

— Cheia de gente metida? — Indago e olho para as minhas roupas. — Acho que não estou vestida pra isso.

— Não esse tipo de festa.

Passamos a maior parte do tempo em silêncio depois que saímos da minha casa, com apenas uma playlist de músicas tocando baixo no Dodge. Eu tentava pensar no que dizer para puxar assunto, mas acabava desistindo antes mesmo de abrir a boca. Então, eu apenas o observava dirigir, enquanto a estrada se estendia à nossa frente.

Dean deixou a janela do seu lado um pouco aberta para a fumaça do seu cigarro sair por ela. De vez em quando, eu fingia que estava admirando a paisagem através de sua janela, mas na verdade, a paisagem que eu estava admirando era ele.

O vento que entrava bagunçava os fios do seu cabelo escuro, que era um pouco baixo nas laterais e mais volumoso no topo. Eu lutava contra a vontade de me aproximar e deslizar meus dedos entre seus cabelos para arrumá-los eu mesma.

Ele tinha uma das mãos no volante enquanto a outra estava apoiada sobre o câmbio manual, ao mesmo tempo que segurava o seu cigarro entre os dedos.

Dean usava alguns anéis de prata, e às vezes batia eles no volante, acompanhando o ritmo da música.

A forma como ele girava o volante a cada curva e como movimentava o câmbio, passando as marchas...

O jeito como ele apertava os dedos sobre o volante, fazendo seus anéis de prata cintilarem à luz do interior do carro...

Tudo isso enviava uma sensação calorosa para o meu interior, fazendo a minha imaginação criar milhares de cenários diferentes, e todos eles eram indecentes.

— Gosta do que vê, Sable? — Ele pergunta de repente.

Então percebo que tinha esquecido de fingir que olhava para o lado de fora de sua janela aberta e agora o encarava descaradamente.

— Sim... — Deixo a palavra escapulir em um sussurro condenatório. — É lindo.

Dean desvia seu olhar da estrada para me encarar, e um sorriso ameaça puxar o canto de seus lábios com o que acabei de dizer.

— O seu carro é realmente... lindo. — Completo a fala quase que instantaneamente e mostro um sorriso atrevido.

Ah... — Ele balança a cabeça negativamente e exala uma risada. — Sim, é claro, você está falando do carro, não é mesmo? — Diz com um toque de ironia.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora