21| Carnificina

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Dias atuais

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Dias atuais...

O tiro que atingiu a cabeça de Milles fez seu corpo impactar para trás e agora ele se encontra no chão, sobre uma poça de sangue, junto com pequenos pedaços de seu próprio cérebro espalhados ao redor dele.

Os guardas não conseguiram conter o caos generalizado, com pessoas correndo de volta para o labirinto, outras fugindo para o bosque, todos aos gritos. A cena era uma desordem total, provocada pelo pânico que se espalhou rapidamente entre todos.

Meu olhar se direciona a Vance, ao assassino frio que ainda permanecia com a arma apontada para o corpo sem vida de Milles. Havia algo como satisfação em seu olhar, e um sorriso ameaçava puxar o canto de seus lábios. Era como se ele estivesse se deleitando com o que havia feito, como se o resultado daquela tragédia lhe trouxesse algum tipo de prazer mórbido.

Vou até ele e tomo o revólver de sua mão, ativando imediatamente a trava de segurança para garantir que a arma não pudesse representar uma ameaça a mais ninguém.

Ele finalmente me encara, mas permanece em silêncio, esperando minha reação. Enquanto isso, minha atenção é desviada para Dean e Killian, cujos corpos estão tão ensanguentados que estava com medo de ver o que eles fizeram.

Sentia como se estivesse em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

— Ronan... — Killian se aproxima como se estivesse vendo em meu rosto o pânico que eu queria esconder.

— Não. — Digo enquanto agito a cabeça em negação e me afasto, mantendo distância dele.

— Vamos pra dentro e vamos conversar. — Vance propõe, apontado para a mansão.

Meu peito sobe e desce em movimentos que antecipam minha explosão de raiva. Minhas mãos se fecham em punhos apertados, minhas unhas cavando minhas palmas com uma intensidade dolorosa.

Eles me enganaram...

Me atraíram para tudo isso e planejaram tudo pelas minhas costas covardemente.

Cada músculo está tenso, cada pensamento é como uma bomba prestes a explodir minha cabeça de tantos problemas. A ideia de sentar e ter uma conversa calma com eles era algo impossível de se considerar no momento.

— Maldito mentiroso! — Meu grito ecoa através das árvores do bosque ao redor. Me coloco bem na frente de Vance, encarando-o nos olhos, tentando refletir minha raiva e indignação através do meu olhar. — Você tem noção do que fez?! Tem noção do que fizeram?!

— Não precisa se preocupar com nada, eu-...

Meu punho voou em direção ao rosto dele antes mesmo que conseguisse terminar sua frase. O som do impacto de osso contra osso ressoou no ar.

Ele cambaleou para trás e, um instante depois, recuperou a compostura, com um filete de sangue escorrendo do canto de sua boca onde meu punho havia encontrado seu alvo.

Príncipes do Caos (Destinados ao Caos I)Onde histórias criam vida. Descubra agora