A SEQUESTRADA (MORRO)

CAPÍTULO 5

DUDA NARRANDO

Uma semana depois....

DUDA: Que tal você comprar o docinho pra mim? - falei com LK.

LK: O JP me mata, e eu não tô afim de morrer.

DUDA: Mas ele não precisa ficar sabendo, por favorzinho.

LK: Tá bom, tá bom. - Saiu do quarto. Até que ele e o Lobo são legais. O bom é que eles, diferente do JP, não ficam prendendo minhas mãos.

Escuto o barulho da porta, mas desanimo quando vejo quem está entrando por ela.

JP: Peguei o LK no flagra com esse chocolate na mão. - Falou me entregando um Snickers.

DUDA: Valeu, tenho alergia a amendoim. - Ele olhou para minha cara.

JP: Hum, que pena. - Falou abrindo o Snickers e comendo.

DUDA: Cadê o LK? Ele é mais legal que você. - Olhou pra mim parando de comer.

JP: Então, sinto muito te informar, mas quem vai passar a noite com você sou eu. - Fiz careta.

DUDA: Que tal assistirmos um filme? É sério, eu tô com tédio de ficar olhando pra essa parede.

JP: Tu foi sequestrada, garota, não tem que exigir nada não. - Deitei na cama, me virando de costas pra ele.

JP: Que filme tu quer assistir? - Levantei sorrindo.

DUDA: Tem Netflix? - Ele balançou a cabeça negando.

DUDA: Que pobreza. - Ele revirou os olhos.

JP: Vai querer assistir ou não?

DUDA: Vou sim. - Falei me levantando.

Fomos para a sala, sentei no sofá. Ele me entregou o controle, fiquei procurando, só estava passando novela ou jornal.

DUDA: Melhor do que nada, né? - falei sorrindo. Depois de um tempo, fiquei entediada, então me levantei e fui para a cozinha, e ele se levantou e veio atrás de mim.

JP: Já está ficando ousada.

DUDA: Não tem nada para comer, poxa.

JP: Eu pedi pizza - sorri.

DUDA: Meu avô está bem? - perguntei chegando perto dele.

JP: Ele está bem, Eduarda.

DUDA: Por que você não me deixa ir embora? Meu avô deve estar muito preocupado comigo. Se for dinheiro, é só pedir a ele. Ele com certeza vai dar um jeito.

JP: Não é sobre dinheiro - balancei a cabeça. Ele ficou me encarando e eu encarei sua boca. Nós ouvimos alguém chamando. JP foi ver quem era.

JP: A pizza chegou.

DUDA: Ótimo, estava morrendo de fome. Sentamos no sofá e começamos a comer.

Quando terminamos de comer a pizza, fui escovar os dentes e JP veio atrás, parecendo minha sombra. JP estava com os braços cruzados na porta do banheiro e eu pensei: por que não jogar água nele? Foi o que fiz. Quando joguei água nele, comecei a rir e ele veio para cima de mim, erguendo meus braços por cima da cabeça.

JP: O que você está pensando, Eduarda? - continuei olhando para ele. Ele veio mais perto, chegando a encostar sua boca na minha boca, até que iniciamos o beijo. Ele apertou minha cintura, um beijo cheio de explosão. Mas que merda estou fazendo? Empurrei ele.

DUDA: Que merda - falei entrando no quarto.

JP: Foi mal.