CAPÍTULO 23

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DUDA NARRANDO

Duas semanas depois.

Eu matriculei o peixinho na escola e não sei que milagre ele está indo sem reclamar. Eu convenci ele a morar aqui na casa do Jp, e confesso que não foi nada fácil, ele e o Jp só vivem brigando.

E a questão do meu trabalho está indo bem. Por mais que a Joana não parar de querer arrumar confusão.

JP: Tá tudo bem, garota? - chegou me abraçando por trás.

DUDA: Tá tudo ótimo, já já o peixinho chega da escola, então por favor não arrume confusão com ele.

JP: Cheirou? Ele que arruma confusão comigo. - virei para ele.

DUDA: Ele é só uma criança. - ele jogou a cabeça para trás e riu.

JP: Adolescente.

DUDA: Para mim, tudo é a mesma coisa. Já descobriram quem matou a dona Amélia?

JP: Não, ninguém viu quem entrou lá. - balancei a cabeça.

DUDA: Eu quero trocar de serviço. - Ele revirou os olhos.

JP: Não começa, Eduarda.

DUDA: Então eu volto para a boate e acredito que os seus crias vão amar quando eu voltar. - Ele me segurou com mais força.

JP: Você não é doida e se você inventar de ser, eu acabo com a sua vida.

DUDA: Eu não tenho medo de você, JP.

JP: Mas deveria.

PEIXINHO: O que ela deveria, JP? - Que merda.

JP: Não é da sua conta, muleque. - Saiu batendo a porta.

PEIXINHO: Nós podemos ir morar na casa da minha vó.

DUDA: nós já conversamos sobre isso, cadê tem algum trabalho? tarefa, pra fazer?

PEIXINHO: não - saiu do quarto

Depois de um tempo, comecei a escutar barulho de tiro. Já desci a escada correndo.

DUDA: viu o peixinho, dona Rose? - ela balançou a cabeça negando

ROSE: não querida, mas se acalme. - Os tiros ficaram mais fortes ainda, a Ju desceu a escada correndo.

JULIANA: mãe, não é melhor nós irmos para o esconderijo? Isso tá com cara de ser o morro rival.

ROSE: claro, vem Duda.

DUDA: Vou procurar o peixinho, podem ir na frente - eu já sabia onde era o esconderijo, mas precisava ir atrás do peixinho.

ROSE: lá fora tá muito perigoso, é melhor vim conosco - não ouvi ela só sair de casa.

Quando eu saio, já vejo cheio de corpos no chão. Já entrei no beco sem nem saber para onde o peixinho pode ter ido.

XX: É garota, caralho! - Meu sangue gelou quando eu vi dois caras na minha frente.

X: Estamos com a garota, chefe - falou no rádio.

DUDA: O que vocês querem comigo? - Até pensei que eles veio me ajudar, mas um deles me deu um soco.

X: O chefe odeia perguntas, princesa - riu.

XX: Vamos sair daqui logo - puxaram meu braço. Do nada, escuto barulho de tiros. Um deles cai morto na minha frente e quando o outro ia reagir, leva um tiro na cabeça.

Quando olho para quem tinha atirado, vejo o peixinho e o Jp.

PEIXINHO: Seus filhos da puta! - Enfiou uma faca nos olhos de um deles, o que fez eu fechar os olhos para não ver aquilo.

JP: O que você está fazendo aqui, caralho? - Me puxou.

DUDA: Que merda você está fazendo, peixinho? - Vejo duas armas na cintura dele, ele não olhava para mim.

JP: O muleque sabe se virar, agora vem.

Oi, lindas(os), me perdoem pela sumidinha.

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora