CAPÍTULO 40

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JP NARRANDO

O moleque tem talento. Olhei para Joana, que estava toda fudida.

LOBO: O moleque não teve dó - ri.

JP: Gostei. - Olhei para Joana, que estava desmaiada - pega o álcool e o isqueiro.

LK: Fudeu.

Assim que joguei o álcool na filha da puta, ela acordou meio confusa. Depois, ela olhou para mim e viu eu com o isqueiro na mão.

JOANA: JP, por favor, não faça isso.

JP: Vai pro inferno, filha da puta - acendi o isqueiro.

JOANA: Você tá fudido, cuidado com  quem sua mãezinha tá se envolvendo - falou no meio dos gritos.

Assim que ouvi aquilo, tentei apagar o fogo, porém era tarde demais.

JP: Que porra foi aquela? - O Lobo balançou a cabeça.

Assim que saí da boca, fui pra casa atrás da dona Rose. 
Mas, como eu esperava, ela não estava em casa. 
Então fui tomar um banho pra esfriar a cabeça. 

(...)

JP: Cadê o Peixinho? - perguntei assim que vi que ele não estava com Eduarda.

DUDA: Ele está no quarto dele. Ele disse que quer ficar sozinho - me aproximei dela.

JP: Vou ver como ele tá.- Beijei sua testa e saí.

Assim que cheguei no quarto do Peixinho, já abri a porta.

PEIXINHO: Eu disse que eu quero ficar sozinho. - Ele estava deitado e coberto do pé à cabeça.

JP: Qual é, cara? Vai morrer desse jeito.- Puxei a coberta.

PEIXINHO: O que você quer?

JP: Você mandou bem, tô orgulhoso. - Ele riu e balançou a cabeça.

PEIXINHO: A Duda não gostou do que viu.

JP: Eu sei que não.

PEIXINHO: Eu nasci assim, JP. Por mais que eu queira dar orgulho pra elas, não vou conseguir ser esse certinho.

JP: Elas quem? - Ele olhou pra mim sem graça.

PEIXINHO: Tô afim de uma garota, só que ela é tipo a Eduarda, sabe? Toda certinha. E ela não pode nem sonhar o que eu acabei de fazer.

JP: Você é novo, Peixinho. Você não precisa decidir agora o que você quer. Mas pode ficar sabendo que qualquer coisa que você escolher, eu vou te apoiar.

PEIXINHO: Até ser policial? - falou rindo.

JP: Vai tomar no cu, moleque.- Levantei.

PEIXINHO: Valeu por me ajudar. - Olhei pra ele e saí do quarto.

Escutei um barulho na cozinha e já fui até lá pra ver se era dona Rose.

JP: Isso, horas, dona Rose? - Ela olhou pra mim assustada.

ROSE: Que susto, filho! - Olhei pra ela sério.

JP: Precisamos conversar.

ROSE: Agora não, filho. Tô cansada.

JP: Como é o nome do cara que você tá pegando? - Ela engoliu seco.

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora