CAPÍTULO 4

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DUDA NARRANDO

O que me preocupa é meu avô, com certeza ele está muito preocupado comigo, tadinho. Mas juro que vou me vingar desse cara, nem que seja a última coisa que eu faça.

JP: Tá pensando muito, garota. - Continuei calada, fazendo a mesma coisa que ele faz comigo. E ele começou a se aproximar.

JP: Eu odeio que me ignorem. - Falou bem próxima da minha boca.

DUDA: Isso é um problema meu? - Ele continuou me encarando.

DUDA: Pode soltar minhas mãos? Está machucando muito. - Ele respirou fundo e soltou. - Obrigada, amendoim.

JP: Tá tirando, porra? - Na verdade, eu chamei ele de amendoim porque não gosto e tenho alergia, então é um apelido perfeito para ele.

DUDA: Foi mal. - Dei um sorriso cínico. - Eu vou ficar aqui até quando?

JP: Até quando eu quiser, garota. - falou, como se quisesse perguntar alguma coisa.

JP: Por que amendoim? - Não aguentei e comecei a rir, e ele olhou feio. - Vai tomar no cu. - Falou saindo do quarto e deixando a porta aberta. É minha hora, ele esqueceu que desamarrou, que burro.

Estava procurando algo que pudesse me defender, mas eu precisava ser mais rápida. Até que encontrei um pedaço de pau não muito grande, mas com certeza dava para me defender. Na hora que estava saindo do quarto, sou empurrada na parede, fazendo eu soltar o pedaço de pau no chão.

JP: Tem que treinar mais, garota. - Já estou criando ódio dele me chamando de garota.

DUDA: Eduarda, meu nome. - Ele deu um riso de lado.

JP: Bom, Eduarda, já que você foi uma garota má, vou te prender novamente. - Falou bem próximo de mim, fazendo meu olhar cair em sua boca. Que pena que é bandido e inimigo do meu avô.

DUDA: Deixa eu pelo menos andar pela casa, cara. Eu já estou ficando doida naquele quarto.

JP: Você não está aqui para pedir, garota. - Que perfume! Gente, que isso?

DUDA: Deixa eu tomar um banho, pelo menos, vai.

JP: Sabia que você é muito pedinte? Caralho. Eu vou deixar, mas se tentar qualquer gracinha, já era para você. - Uffa, não estava aguentando o cheiro de gambá.

(...)

Estava eu tomando meu banho quente. Pode estar o sol que for, eu não consigo tomar banho de água gelada. Encontrei escova de dente, barbeador, shampoo. Até que minha vida de sequestrada não está ruim assim. Só estou mal por causa do meu avô.

Escuto alguém batendo na porta.

JP: Abre essa porra! - Me enrolei com a toalha que ele tinha me dado e abri a porta. Quando abri, ele me olhou dos pés à cabeça.

JP: Toma essa porra logo. - Me entregou a roupa. - Deixa a porta destrancada.

Fechei a porta e continuei o banho. Me depilei, lavei meu cabelo e escovei meus dentes. Tudo que eu precisava nesse momento.

Vesti uma blusa que acho que é dele. Cueca? Tá de brincadeira? Mas como eu não tinha muito do que reclamar, vesti.

DUDA: Não  fugir. - Ele estava de braços cruzados na frente da porta do banheiro.

JP: Se você quer continuar viva, é melhor nem tentar.

DUDA: Eu não tenho medo de você. - Ele me encarou.

JP: Bora, volta para seu quarto. - Pegou no meu braço e saiu me puxando, depois me jogou na cama, prendendo minha mão novamente.

DUDA: Eu não consigo dormir com isso.

JP: Isso é problema seu, garota. - falou saindo do quarto.

Rezei para que meu avô ficasse bem e para que eu saísse daqui logo. Logo após dormir.

Acordei com alguém mexendo na minha mão e pelo perfume, era ele. Ele estava me soltando?"

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora