CAPÍTULO 39

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DUDA NARRANDO

JP, com cara de ódio, estamos esperando o Peixinho chegar para contar tudo. Resolvi não esconder nada dele, mas também não vou permitir que ele suje suas mãos.

Alguns segundos depois, escuto alguém mexer na porta e JP olha para mim, como se estivesse nervoso.

PEIXINHO: Iiii, que cara de nervoso é essa, JP? - riu.

JP: Precisamos falar contigo.

PEIXINHO: A BELA já contou que vocês estão juntos? - riu - e não precisa vir pedir minha permissão.

DUDA: E sobre outro assunto - ele viu que era sério.

PEIXINHO: O que rolou?

JP: Descobri quem matou sua vó. - Olhei feio para JP, ele não precisava falar desse jeito, caramba.

Olhei para Peixinho e sua mandíbula está trincada, suas mãos em punho.

PEIXINHO: Quem?

JP: Joana. - Os olhos dele encheram de lágrimas, e essas lágrimas mostram ódio, tristeza, fúria, raiva, muita raiva.

DUDA: Meu amor... - Ele não deixou eu encostar nele.

JP: Você pode se vingar - JP chegou perto dele e colocou os braços nos ombros dele.

JP: Você sabe que essa porra um dia vai ser sua e faço questão de te dar minhas melhores armas para matar aquela vagabunda.

PEIXINHO: Eu não quero as melhores e sim as piores - falou com ódio.

DUDA: Eu não vou deixar você sujar suas mãos com ela, meu amor.

PEIXINHO: Minhas mãos já estão sujas.

PEIXINHO: Onde ela está? - JP levantou.

JP: Eu te levo até lá.

DUDA: Eu vou junto.

JP/PEIXINHO: Você fica.

DUDA: Não, bora.

Os dois saíram reclamando, mas confesso que quando entrei naquele lugar me arrependi.

PEIXINHO: Filha da puta - acordou Joana com chutes.

JOANA: Que mal humor, bandinho - riu.

Peixinho nem ligou para a piadinha dela, ele simplesmente enfiou uma faca enferrujada na bochecha dela.

PEIXINHO: Sua voz me irrita.

JP: Não deixe suas emoções falarem mais alto, assim, uma tortura que você quer não vai passar de uma morte rápida - que merda ele está ensinando a matar como se fosse uma lição simples de casa.

Eu não gosto de ver essas cenas, mas estou aqui pelo Peixinho e claro, essa vagabunda merece.

Peixinho pegou um alicate e começou a arrancar os dedos dela, o que fez Joana gritar com toda a força.

DUDA: Chega - fui até Peixinho.

DUDA: Já deu, por favor - não estou reconhecendo ele, seu rosto está de satisfação.

JP: Escuta ela.

PEIXINHO: EU preciso disso, ela matou minha vó.

DUDA: Você não precisa, meu amor, por favor, vamos para casa - ele olhou para JP, que balançou a cabeça.

JP: Vai - e ele veio junto comigo.

Oi, perfeitas, estão gostando?

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora