CAPÍTULO 16

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DUDA NARRANDO

Xx: Tá tudo bem aí, dona? - um dos vapores perguntou.

DUDA: Tá tud... - Joana me cortou.

JOANA: Tem o moleque que tá roubando na favela, ele foi correndo pro lado de lá. - Os caras foram todos atrás do menino.

DUDA: Você tá doida.

JOANA: Doida por quê? Ele sabe que aqui na favela ninguém rouba.

DUDA: Tá na cara que o menino se arrependeu, ele com certeza tá passando por um momento difícil - eu conseguia ver isso nos seus olhos.

JOANA: Eu também passo necessidade, nem por isso tô roubando por aí.

JP: O que tá acontecendo aqui? - chegou e pegou na minha cintura.

JOANA: Ela tá defendendo o menino que quase nos roubou.

JP: Que papo é esse?

JOANA: O moleque quase roubou nós e ainda ameaçou, e essa ridícula tá defendendo ele.

JP: Fala direito com ela, caralho. Agora fala como é que o menor, que ele vai ser punido. - viro pra ele.

DUDA: Não faz nada com ele, Jp, por favor. Ele é uma criança, cara.

JP: Criança que sabe muito bem que aqui dentro ninguém rouba os moradores. - De repente, os vapores aparecem com o menino, segurando-o pela camisa, mas o menino não está chorando.

Xx: Esse menor tava roubando aqui dentro, chefe.

JOANA: É ELE mesmo. - Jp chega perto do menino.

XX: Me desculpa, eu só queria o remédio pra minha vó que tá morrendo, e os remédios dela são muito caros, e eu não posso perder a única pessoa que cuida de mim. - Chora.

JP: Não vem com essa história não, vai ser cobrado e pronto. - Começa a aparecer um monte de gente para ver a confusão.

JP: Leva ele pra salinha.

DUDA: não vai levar ele pra canto nenhum - Jp me olha com ódio

JP: não me faça perder a paciência com você, garota - o menino olha pra mim, escuto a risada da Joana

XX: relaxa, dona, tou ligado que fiz merda - cheguei perto dele

DUDA: como é seu nome?

XX: peixinho - dou um sorriso pra ele

DUDA: não vou deixar nada acontecer com você - os vapores puxam ele com violência e colocam ele dentro do carro

Eu entro no restaurante, pego minhas coisas e saio sem nem olhar na cara da Joana

JP: sobe - saio andando - para de show, Eduarda, sobe nessa porra logo

Continuo andando e ele venho atrás com a moto, estou super cansada para voltar andando, eu não ligo

JP: ele sabe que não pode roubar aqui dentro, Eduarda

DUDA: foda-se, ele só uma criança desesperada para sua vó não morrer - vejo o lobo

DUDA: Me dá uma carona - ele olha para o jp

LOBO: qual foi, tão brigados? - ri - sobe aí

Eu subo e ele me deixa em casa, desço da sua moto e agradeço

LOBO: de boa, garota, vou indo lá, qualquer coisa aciona - eu balanço a cabeça

Quando eu entro em casa, o Jp já estava lá e eu nem ligo pra ele, já vou subindo a escada

ROSE: iii já brigaram

JU: e o Jp com certeza está errado - eu sorrio pra ela e entro no quarto

Tomo meu banho e coloco o vestido de dormir, quando estou arrumando meu cabelo, vejo o jp pelo espelho.

JP: eu não vou fazer nada com o moleque, só vou dar um susto - ele me vira pra ele

JP: Só um susto, prometo, mas o que ele fez precisava ser cobrado.

DUDA: Ele fez aquilo por desespero. Que tipo de susto você vai dar nele?

JP: Isso já é coisa minha, Eduarda.

DUDA: Eu quero ver ele depois do "susto". - Ele balança a cabeça confirmando.

JÚNIOR, 15 ANOS
VULGO: PEIXINHO

Vocês querem que eu coloque foto dos outros personagens no próximo capítulo?

A SEQUESTRADA (MORRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora